SAÚDE
Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta sobre mancha branca na pele.
Vitiligo tem cura, mas não é possível dizer quem vai se curar, porque cada pessoa tem uma reação
Em 23/06/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O vitiligo, doença que acomete cerca de 2% da população mundial, é facilmente diagnosticado pela presença de manchas brancas bem delimitadas, que se situam em qualquer área da pele. Roberto Dóglia Azambuja, assessor do departamento de Psicodermatologia da SBD explica a importância de consultar um dermatologista para diagnóstico e tratamento precoce.
“Quando as manchas não são completamente brancas, ou seja, são claras, o diagnóstico pode ser difícil até para o especialista. Não existem exames laboratoriais que deem o diagnóstico de vitiligo. Quanto mais cedo for tratado maior a possibilidade de cura”, ressalta o dermatologista.
Hoje o maior problema para quem tem vitiligo é a rejeição social. Clinicamente, na maior parte dos casos, o vitiligo não causa nenhum sintoma nem nenhuma alteração da pele. “É como ficar com cabelos brancos”, completa Azambuja.
Para os portadores da doença, como a pele atingida fica sem pigmento, a resistência à ação dos raios solares diminui acentuadamente. Em consequência, a pessoa deve evitar exposição à luz solar, porque poderá sofrer queimadura. Entretanto, uma pequena dose de luz solar, de cinco a dez minutos por dia, pode ser benéfica no sentido de repigmentar a área branca.
Fatores desencadeantes
A causa da doença é desconhecida. Muitas vezes iniciado por estresse, luz solar, queimaduras térmicas, traumatismos da pele e dermatites podem agir como fatores desencadeantes.
Tratamentos
Vitiligo tem cura, mas não é possível predizer quem vai se curar, porque cada pessoa reage de seu jeito próprio.
“Cada pessoa forma um tipo de vitiligo só dela e por razões próprias. Por isso, não existe tratamento padrão, que dê o mesmo resultado em todas as pessoas. O mesmo tratamento aplicado a dez pessoas dará dez resultados diferentes. Em última análise, quem cura não é o tratamento, mas a interação do organismo com o método utilizado”, explica Roberto.
Os tratamentos se resumem a medicamentos orais, tópicos, cirúrgicos e fototerapia. O mais comum é o uso de corticoides e de substâncias provocadoras da formação de pigmento. Em casos circunscritos e estabilizados há um ano, pode ser feita uma operação especial, com transplante de melanócitos e posterior irradiação com ultravioleta. A fototerapia atualmente em uso emprega radiação ultravioleta de faixa estreita, conhecida como UVB-NB.
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Por Rogéria Lemos/FSB Comunicação