ECONOMIA NACIONAL
Soja, milho e minério colaboram para desaceleração de preços ao produtor.
O índice de Bens Intermediários dentro do IPA também apresentou desaceleração.
Em 28/07/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Na passagem de junho para julho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), desacelerou de +2,21% para -0,01%, com forte contribuição do grupo Matérias-Primas Brutas, que reverteu tendência e passou de alta de 3,66% para queda de 1,96% no período.
No estágio inicial da produção, os principais responsáveis pela desaceleração foram soja em grão (14,82% para -3,68%), milho em grão (5,65% para -11,19%) e minério de ferro (-3,56% para -9,17%). Em sentido oposto, destacam-se: mandioca (aipim) (-5,32% para 2,95%), leite in natura (4,91% para 8,03%) e café (em grão) (1,83% para 4,99%).
Bens Intermediários
O índice referente a Bens Intermediários dentro do IPA também apresentou desaceleração, ao sair de 1,48% em junho para 0,28% em julho. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura (de 2,79% para 0,29%). O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,27%, ante 1,80%, em junho.
O índice relativo aos Bens Finais também registrou desaceleração, embora em menor intensidade, ao passar de 1,65% no último mês para 1,41% em julho. Influenciou esse resultado o subgrupo alimentos in natura (+9,96% para +3,81%). Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, o índice de Bens Finais (ex) registrou variação de 1,22%. Em junho, a taxa foi de 0,74%.
Principais influências
De acordo com a FGV, as maiores influências negativas no IPA de julho estão milho em grão, minério de ferro, soja em grão, batata inglesa (28,48% para -17,47%) e mamão (-40,66% para -44,89%).
Já na lista de maiores influências de alta no IPA de julho estão feijão em grão (42,60% para 18,91%), leite in natura (4,91% para 8,03%), leite industrializado (8,18% para 16,08%), ovos (5,96% para 7,40%) e açúcar cristal (0,33% para 6,45%).
Por FGV