ECONOMIA NACIONAL

Taxa de juros do Brasil tem mostrado "declínio secular", diz Joaquim Levy

Apesar de apresentar variações após início da crise mundial, taxa é uma das mais baixas da história.

Em 05/03/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A taxa de juros real do Brasil tem mostrado um "declínio secular", afirmou o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nesta quarta-feira (4), em São Paulo, durante uma apresentação a investidores, promovido pelo Bank of America Merryl Linch (BofA), em São Paulo. O ministro demonstrou confiança na economia brasileira ao falar que a as expectativas de inflação “estão convergindo novamente” (em direção ao centro da meta, que é de 4,5% ao ano).

Pelo atual sistema, o Banco Central deve ajustar os juros para atingir metas fixadas pelo governo. Para 2015 e 2016, a meta central é de 4,5%, com dois pontos de variação para baixo ou para cima (6,5%). Apesar de apresentar variações recentes, principalmente após o início da crise financeira internacional, a taxa de juros é uma das mais baixas da história do País. Em 1999, por exemplo, a Selic chegou ao patamar de 45%.

Veja o histórico da Taxa Selic nos últimos meses 

Período de Vigência

% ao ano

22/01/2015 -

12,25

04/12/2014 - 21/01/2015

11,75

30/10/2014 - 03/12/2014

11,25

04/09/2014 - 29/10/2014

11,00

17/07/2014 - 03/09/2014

11,00

29/05/2014 - 16/07/2014

11,00

03/04/2014 - 28/05/2014

11,00

27/02/2014 - 02/04/2014

10,75

16/01/2014 - 26/02/2014

10,50

28/11/2013 - 15/01/2014

10,00

10/10/2013 - 27/11/2013

9,50

29/08/2013 - 09/10/2013

9,00

11/07/2013 - 28/08/2013

8,50

30/05/2013 - 10/07/2013

8,00

18/04/2013 - 29/05/2013

7,50

07/03/2013 - 17/04/2013

7,25

17/01/2013 - 06/03/2013

7,25

29/11/2012 - 16/01/2013

7,25

11/10/2012 - 28/11/2012

7,25

30/08/2012 - 10/10/2012

7,50

12/07/2012 - 29/08/2012

8,00

31/05/2012 - 11/07/2012

8,50

19/04/2012 - 30/05/2012

9,00

08/03/2012 - 18/04/2012

9,75

19/01/2012 - 07/03/2012

10,50

01/12/2011 - 18/01/2012

11,00

20/10/2011 - 30/11/2011

11,50

01/09/2011 - 19/10/2011

12,00

21/07/2011 - 31/08/2011

12,50

09/06/2011 - 20/07/2011

12,25

21/04/2011 - 08/06/2011

12,00

03/03/2011 - 20/04/2011

11,75

20/01/2011 - 02/03/2011

11,25

09/12/2010 - 19/01/2011

10,75

21/10/2010 - 08/12/2010

10,75

02/09/2010 - 20/10/2010

10,75

22/07/2010 - 01/09/2010

10,75

10/06/2010 - 21/07/2010

10,25

 Fonte: Banco Central do Brasil

 

Capital humano e evolução econômica

O ministro valorizou o avanço na formação da população, lembrando que o tempo médio de estudo dos jovens com 15 anos ou mais passou de 5,7 em 1995 para 8,7 anos em 2013.

Ele destacou também a evolução de alguns indicadores financeiros importantes, como a relação entre o saldo em transações correntes versus Investimento Estrangeiro Direto (IED). Em 2008, quando o Brasil recebeu o grau de investimento das agências de classificação de risco Standard and Poors e Fitch, o IED estava em US$ 45 milhões. Já em 2014, o IED alcançava a soma de US$ 62 milhões. Por isso mesmo, o ministro tem se mostrado otimista em relação à manutenção do grau de investimento pelo Brasil.

Levy lembrou ainda que, em 2002, por exemplo, havia um estoque alto da dívida lastreado em câmbio e as reservas cambiais eram de US$ 38 bilhões. Já em janeiro de 2015 o estoque de dívida lastreado em câmbio é baixo e as reservas cambiais estão em US$ 374. 015 milhões.

O ministro da Fazenda lembrou ainda as iniciativas tomadas pelo governo para garantir novo fôlego ao setor privado, rumo à retomada do crescimento, como o sistema Bem Mais Simples, lançado na semana passada; uma nova rodada no programa de concessões; o apoio ao Plano Nacional de Exportações (Recof); e a facilitação da reforma do ICMS, “com maior segurança jurídica, entre outras.

Fonte: Portal Brasil com informações do Ministério da Fazenda