ECONOMIA CAPIXABA
Taxação dos EUA será "golpe duro" na economia de Cachoeiro
O alerta foi feito pelo prefeito Theodorico Ferraço, sobre a ameaça de taxação de 50% pelos EUA.
Em 14/07/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Foto: Divulgação/Prefeitura de Cachoeiro de Itapemirim
A notícia de que os Estados Unidos vão impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros acendeu o alerta máximo na capital do mármore e do granito, ameaçando o pilar econômico da cidade e o sustento de milhares de famílias.
Uma onda de incerteza e grande apreensão paira sobre Cachoeiro de Itapemirim, o maior polo de beneficiamento de rochas ornamentais do Brasil. A notícia de que os Estados Unidos vão impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros acendeu o alerta máximo na capital do mármore e do granito, ameaçando o pilar econômico da cidade e o sustento de milhares de famílias.
Com quase 600 empresas, o setor de rochas ornamentais é a principal força motriz de Cachoeiro, sendo responsável pela geração de aproximadamente 6,5 mil empregos diretos, além de inúmeros outros postos de trabalho indiretos em toda a sua vasta cadeia produtiva, que vai da extração à logística. A movimentação financeira do setor no Espírito Santo, impulsionada em grande parte pela produção cachoeirense, ultrapassa os R$ 6 bilhões anualmente, o que dimensiona o potencial impacto devastador da medida. Em 2024, o montante de exportações chegou a US$ 848,5 milhões, confirmando o forte desempenho do segmento.
Diante do cenário, o prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, Theodorico Ferraço, manifestou profunda preocupação e classificou o anúncio da taxação como uma ameaça sem precedentes ao futuro do município. Em suas palavras, o gestor destacou o peso do setor para a vida da cidade.
"Esta potencial taxação de 50% é um golpe duríssimo para a nossa economia. Cachoeiro vive das rochas ornamentais; é o motor que sustenta milhares de famílias e move toda a nossa cadeia produtiva. Ver essa ameaça pairar sobre um setor que construímos com tanto esforço ao longo de décadas nos deixa em estado de alerta máximo."
Os Estados Unidos são, historicamente, o principal destino das exportações de rochas brasileiras, absorvendo 56,3% de toda a produção enviada ao exterior. Uma barreira tarifária dessa magnitude tornaria o produto brasileiro pouco competitivo, abrindo espaço para concorrentes como Turquia, Índia e Itália.
O prefeito também fez um apelo por uma ação rápida das autoridades federais para evitar o que chamou de "desastre anunciado".
"Nossos produtos são reconhecidos mundialmente pela qualidade, e os Estados Unidos são nosso principal parceiro comercial. Tornar nossas exportações inviáveis da noite para o dia seria devastador. Apelamos para que o governo federal atue com urgência na esfera diplomática para reverter essa situação e proteger nossos trabalhadores e empresários. O futuro de Cachoeiro depende de uma solução rápida e eficaz."
O vice-prefeito Júnior Corrêa reforçou o alerta e destacou a união em torno dessa causa, com entidades do setor para articular um posicionamento conjunto.
“Estamos mobilizando toda a nossa estrutura administrativa e dialogando com entidades do setor para articular um posicionamento conjunto. Não podemos aceitar que décadas de trabalho e investimento sejam postas em risco por uma medida tão extrema. É hora de mostrar, nacional e internacionalmente, a força e a importância do polo de rochas ornamentais de Cachoeiro.”
A expectativa na região é de tensão, enquanto empresários e trabalhadores do setor aguardam os próximos passos das negociações diplomáticas, na esperança de que o impacto sobre a economia local possa ser evitado.
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