Taxistas de Guarapari, ES, protestam contra táxis clandestinos.

Os taxistas de Guarapari, no Espírito Santo, procuraram a prefeitura nesta quinta-feira (7) para que a administração municipal intervenha na atuação de taxistas de outras cidades dentro do município. Após reunião realizada com a categoria, a prefeitura informou que solicitou apoio da Polícia Militar e do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) para fazer a fiscalização.

De acordo com os taxistas de Guarapari, a chegada de milhares de turistas ao balneário durante o verão atrai taxistas cadastrados de outros municípios, como Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana.

Entretanto, a prática é condenada pelos profissionais. “A gente fica o ano todo roendo osso e quando chega um momento com movimento melhor, aí os caras vem de fora e tomam nossos passageiros”, reclamou um taxista, que não quis se identificar.

O presidente da Associação de Taxistas da cidade, Silas Vidal, disse que o pedido da categoria é por mais fiscalização e atuação dos órgãos competentes.

“Esperamos que a fiscalização tome as providências cabíveis junto à Polícia Militar para inibir os táxis clandestinos. Eles têm o poder de notificar o veículo que atua irregularmente, então queremos que os órgãos daqui façam isso, assim como os de Vitória e Vila Velha fazem”, disse.

Protesto e reunião
Na manhã desta quinta-feira (7), os taxistas percorram a cidade em uma carretada, que teve como destino a prefeitura. Chegando lá, eles pediram que fosse realizada uma reunião para definir as ações a serem praticadas.

A reunião aconteceu nesta tarde. De acordo com a prefeitura, foi solicitada a possibilidade de apoio da Policia Militar para ação conjunta de fiscalização nos dias de evento e, também, em alguns dias pontuais, não só para os táxis quanto para vans.

Também será solicitado apoio aos responsáveis pelos eventos, apoio aos fiscais municipais e aos policiais a fim de dificultar as ações clandestinas de transporte coletivo.

Danilo Bastos, Secretário de Desenvolvimento e Expansão Econômica, lembrou que a vinda de taxistas de outros municípios pode ter sido incentivada pelos preços praticados pelos taxistas sem taxímetro.

“A reinvindicação da classe é justa e temos todas as condições de agir, auxiliar e inibir e é o que faremos em parceria com a Polícia Militar", disse.

A prefeitura também definiu que será criada uma tabela de preços baseada na quilometragem equivalente aos preços praticados pelos veículos com taxímetro, até a conclusão do novo processo de licitação para as vagas remanescentes.

De acordo com o Secretário Adjunto de Trânsito e Transporte, Edinho Maiole, o Departamento de Estradas e Rodagens - DER também será acionado para auxiliar nas ações.

Brigas e ameaças
De acordo com o taxista Romilson Souza Figueiredo, a disputa por passageiros já causou brigas e ameaças entre os trabalhadores.

“Os caras estão vindo aqui, tomando nosso ponto. No último final de semana deu briga, confusão. E eles (taxistas de outras cidades) falaram que iam vir armados nesse fim de semana para pegar quem quisesse arrumar briga com eles”, falou.

O presidente da Associação confirma a versão. “Na semana passada teve mais de 200 táxis clandestinos e esse final de semana eles quebraram três táxis daqui do município. Puxaram arma para um taxista daqui também”, disse.

Fonte: G1-ES