ESPORTE NACIONAL
Técnico diz que Figueirense vive abandono e cogita WO
Em protesto, o time pode se recusar a enfrentar o Vitória, o disse o técnico Hemerson Maria.
Em 28/07/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A situação nos bastidores do Figueirense é delicadíssima. Após o empate contra o Criciúma no último sábado, pela Série B do Campeonato Brasileiro, Hemerson Maria, técnico da equipe, desabafou, não poupou críticas à Elephant, empresa responsável por gerir o futebol do clube, e disse que o time pode se recusar a enfrentar o Vitória, nesta terça-feira, por conta dos atrasos salariais.
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"Estamos lutando. Nossa torcida veio e apoiou. Mas volto a dizer, até pelo meu semblante, que o clube vive um abandono. O Conselho Fiscal não existe. Não pode ver o que estamos passando e fazer vista grossa. Supliquei. Falei para os atletas jogarem e a gente dar suporte", disse, antes de elucidar que a diretoria não cumpriu com o acordo de sanar as dívidas até a última sexta-feira.
"Acalmei os jogadores (na sexta-feira), pois corria o risco do Figueirense não entrar em campo. Em respeito ao torcedor que aqui veio, teve jogo. Houve uma promessa para 50 pessoas na sala, mas não foi cumprida e sequer teve satisfação", revelou.
Assim como na última semana, quando ficou dois dias sem treinar, o grupo deve repetir a atitude e pode até deixar de entrar em campo na partida contra o Vitória, programada para esta terça-feira, às 19h15 (de Brasília), no Orlando Scarpelli, o que renderia uma derrota por 3 a 0 e uma multa de até R$ 100 mil ao clube.
"Os atletas já falaram que não vão treinar amanhã e que na terça não vão jogar se não pagarem. Parece que estamos blefando, mas já olhamos qual a pena para o clube. É um grupo de homens honrados. Tem profissionais passando dificuldade, meninos sem ajuda de custo, patrimônio deteriorado, campos com qualidade ruins, redes furadas, funcionários tristes", revelou o técnico.
Por fim, Hemerson Maria detalhou o abandono dos cartolas com o clube. "São dois salários de imagem e um de carteira (atrasados). No futebol pode ser normal, mas ali há situações delicadas. Faltou ônibus para levar os atletas da base ao CFT (Centro de Treinamento da equipe). Faria um trabalho 10 contra 10 e contava com eles, mas os meninos não chegaram. Nós, do profissional, mandamos Uber buscar os meninos no Scarpelli para o treino", disse.
"O que menos interessa, hoje, é se vai ou não subir. O Figueirense é um clube centenário. Eu costumo dizer que no atual momento é um senhor idoso, doente, e os filhos mais velhos não estão cuidando", finalizou.
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