Tecnologia pode ser aliada para uma boa noite de sono

Estímulos visuais como televisão e celular antes de dormir podem prejudicar a qualidade do sono, causando insônia, mas a tecnologia não precisa ser apenas a vilã. A médica do sono, Simone Prezotti, da Dermavitória, explica que quando usados com inteligência, recursos como aplicativos e aparelhos eletrônicos podem ajudar na criação de uma rotina de sono e até no monitoramento à distância por parte dos médicos.

Para quem quer avaliar a qualidade e a quantidade do seu sono, a médica indica o aplicativo Sleep Score. Apesar de só ter versão em inglês, ele é gratuito e não precisa de nenhum dispositivo conectado ao corpo. “Só é preciso deixar o celular próximo durante o sono para o aplicativo calcular quanto tempo você demora pra adormecer, quantas vezes acorda durante a noite, o tempo de sono REM, que é o mais profundo e restaurador”, explica Simone.

A especialista ressalta, no entanto, que pacientes com insônia ou algum outro distúrbio do sono devem procurar ajuda médica e aconselha também a investir na chamada higiene do sono. "Cerca de 30 minutos antes de dormir procure fazer alguma atividade relaxante. Evite conteúdos de televisão agressivos, pois eles podem afetar a qualidade do seu sono. Tome um banho morno, esteja num ambiente arejado e limpo. Isso pode ajudar”.

Por outro lado, os pacientes que fazem uso de Cpap (aparelho para tratamento de apneia do sono) podem contar com a ajuda do MyAir, programa que sincroniza-se com o Cpap para informar como ele dormiu na noite anterior, além de ajudá-lo a permanecer focado durante toda a jornada de tratamento da apneia do sono.

Outra facilidade para médicos e pacientes é o sistema AirView, que atua em conjunto com um dispositivo para teste domiciliar do sono e/ou com os equipamentos de CPAP dos pacientes. “Esse sistema de gerenciamento remoto permite que uma equipe consiga solucionar alguns problemas do paciente com distúrbios do sono à distância, evitando visitas desnecessárias e minimizando o tempo de ociosidade da terapia”, conclui Simone Prezotti.