POLÍTICA NACIONAL
Temer vai manter orçamento do Bolsa Família para 2019
Governo previa corte de R$ 30 bi para R$ 15 bi, que pagaria só 6 meses do programa.
Em 05/09/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, afirmou nesta quarta-feira (5) que o presidente Michel Temer determinou a recomposição do orçamento do Bolsa Família no projeto de lei orçamentária de 2019. O valor assegurado ao programa social na proposta ficará em R$ 30 bilhões.
O governo enviou no final de agosto ao Congresso Nacional o projeto de lei com o orçamento de 2019. Segundo Beltrame, a proposta original previu R$ 15 bilhões ao Bolsa Família, dinheiro suficiente para custear seis meses do programa, que atende 13,9 milhões de famílias de baixa renda.
Nestas condições, o próximo governo, que será eleito em outubro e tomará posse em 1º de janeiro, teria de pedir autorização ao Congresso para suplementar o orçamento e viabilizar o programa no restante de 2019. Beltrame informou que explicou a situação ao presidente em uma reunião e solicitou a mudança.
“Conversei ontem [terça-feira] à tarde com o presidente e expliquei que a medida geraria instabilidade no Bolsa Família durante a transição de governo e que era necessário preservar os avanços obtidos. O presidente concordou e determinou ao Ministério do Planejamento a recomposição do orçamento do Bolsa Família, que passará a ser de 30 bilhões em 2019”, disse o ministro ao G1.
Procurada pela reportagem, a assessoria do Palácio do Planalto confirmou que o presidente assegurou o orçamento pedido pelo MDS para o Bolsa Família na proposta de orçamento do próximo ano.
Beltrame informou, ainda, que o governo avalia no momento como será feita a alteração do projeto enviado ao Congresso. Também está em estudo qual a área que terá recursos remanejados para garantir os R$ 30 bilhões do Bolsa Família.
“Uma das possibilidades é utilizar recursos da Previdência, que vai precisar no próximo ano de suplementação no orçamento”, disse.
O ministro explicou que o governo assegurou no projeto original R$ 15 bilhões para o programa social a fim de garantir o cumprimento da regra de ouro, que veda a emissão de dívida para o pagamento das despesas correntes, como salários e aposentadorias.