ECONOMIA NACIONAL
Tenho conversado sobre eventual redução dos juros no país, diz Temer.
Num primeiro momento, houve uma pequena redução dos juros.
Em 27/11/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Michel Temer afirmou neste domingo que tem tido conversas na busca de uma eventual redução dos juros no país para ajudar a indústria, o comércio e o agronegócio e combater o desemprego, e disse que os resultados das medidas adotadas pela equipe econômica do governo vão aparecer no segundo semestre de 2017.
"Eu sei que sempre se coloca a questão dos juros. Num primeiro momento, houve uma pequena redução dos juros. É uma matéria que a Presidência da República não entra diretamente, porque isso faz parte de uma avaliação técnica do Banco Central, mas, evidentemente, o objetivo das conversas que eu tenho tido é na busca da eventual redução dos juros no país", disse Temer a jornalistas em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, sem entrar em detalhes sobre as conversas.
Na sexta-feira, as taxas dos contratos futuros de juros de longo prazo terminaram com alta firme, pressionadas pelo cenário político doméstico tumultuado, que também puxou para cima o dólar ante o real, e ainda pelo avanço do rendimento dos Treasuries no exterior.
Esse ambiente de nervosismo doméstico pode ser mais um ingrediente a levar o Banco Central a continuar conservador no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana. Segundo operadores, a curva a termo nesta tarde mantinha como majoritária a aposta de redução de 0,25 ponto percentual da Selic, o que a levaria a 13,75 por cento.
Pesquisa Reuters com analistas também mostrou que o BC deve reduzir os juros na semana que vem em apenas 0,25 ponto percentual, mantendo a cautela diante da incerteza com eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos e de mais uma crise política no Brasil.
O Banco Central reduziu em outubro a Selic em 0,25 ponto percentual, a 14,00 por cento ao ano, primeiro corte em quatro anos, avaliando que uma flexibilização moderada e gradual é compatível com a convergência da inflação para a meta de 4,5 por cento nos próximos dois anos.
Reportagem de Lisandra Paraguassu/Reuters