ESPORTE INTERNACIONAL
Torcida ajuda, e 4x100m livre do Brasil vai à final.
Revezamento brasileiro lidera início da série eliminatória mas perde fôlego no fim.
Em 07/08/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O clima foi de estádio de futebol na última prova da tarde deste domingo na piscina olímpica da Rio 2016. Embalado pela eufórica torcida, o revezamento 4x100m livre brasileiro chegou a liderar a segunda série eliminatória, levando as arquibancadas à loucura. O quarteto, no entanto, perdeu um pouco de fôlego na reta final, fechando com o quinto tempo da fase de classificação. Garantido na decisão desta noite, a partir das 22h (de Brasília), o Brasil vai precisar nadar mais rápido para brigar pela medalha e acabar com um jejum de 16 anos sem subir ao pódio nesta prova. A disputa de mais tarde ainda promete ter a estreia de Michael Phelps em sua quinta e última Olimpíada.
- Achei muito bom. Essa primeira caída foi mais para acostumar com essa torcida. Nunca vi nada parecido com isso. Até quando eu virei, consegui escutar debaixo d’água a galera berrando. Agora foi mais para quebrar o gelo e para acostumar com essa torcida. A gente está na final, tudo pode acontecer. Essa prova é muito imprevisível. Tudo é possível - disse Chierighini.
Marcelo Chierighini
Melhor nadador de 100m livre do Brasil, Marcelo Chierighini abriu o revezamento verde e amarelo com um bom ritmo e entregou para Nicolas Oliveira na primeira posição. O veterano mineiro fez 47s96 - a melhor parcial brasileira -, mas acabou entregando com o time em terceiro para o jovem Gabriel Santos. O atleta de 20 anos conseguiu segurar a posição, mas Matheus Santana, também de 20, não foi bem nos seus 100m (49s), chegando em quarto lugar. No resultado geral das duas baterias, o país da cada ficou em quinto, com o tempo de 3m14s06.
- Acho que agora quebrou o gelo, a gente já entendeu como vai ser essa atmosfera, essa pegada. Agora é briga de cachorro grande. É pra isso que a gente treina, é para isso que a gente abdica de tanta coisa no dia a dia. Estou me divertindo muito. Igual falo com os meninos, chega nessa hora aqui, a gente tem que botar a cabeça pra cima, ter muito orgulho do que a gente faz, ter muita honra de estar representando tanta gente. Agora é fazer o que a gente treinou - comentou Nicolas Oliveira, o mais experiente do time.
A equipe da Rússia
Mesmo poupando dois de seus melhores nadadores - Vladimir Morozov e Nikita Lobintsev -, fez um ótimo tempo e liderou a eliminatória com 3m12s04. O segundo lugar ficou com os Estados Unidos (3m12s48), que nadaram sem Michael Phelps. O maior atleta olímpico de todos os tempos, porém, deve estar na formação da final de logo mais. Os outros dois países na frente do Brasil foram Austrália (3m12s65) e França (3m13s27).
A tendência é que a equipe brasileira tenha uma mudança para a disputa por medalha da noite. Com a pior parcial entre os quatro que nadaram a eliminatória, Matheu Santana deve dar lugar a João de Lucca. O time do Brasil busca repetir o feito de Sydney 2000, quando o 4x100m do país subiu pela primeira vez ao pódio olímpico com o bronze conquistado por Gustavo Borges, Fernando Scherer, Carlos Jaime e Edvaldo Valério.
- Acho que a gente viu que a competição está forte, mas todo mundo aqui tem mais para tirar. Essa primeira caída na água...vocês estão vendo que o pessoal está nadando de manhã, é difícil ser a primeira caída. Acho que agora todo mundo já entendeu, viu como é que é, pode preparar que vai ser um pouquinho mais. Absorver o máximo possível dessa energia, tem que acreditar até o final - afirmou Nicolas.
Fonte: GE