SAÚDE
Transplante de haploidênticos é feito com doadores parcialmente compatíveis.
Aumenta a possibilidade de se encontrar um doador entre os parentes de primeiro grau.
Em 08/06/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Sempre pensamos em compatibilidade quando o assunto é transplante de medula óssea. Entre os familiares de primeiro grau, a possibilidade de encontrar um doador compatível é de 25%, esta porcentagem aumenta para 40% quando o doador vem de banco internacional de medula óssea e pode chegar a 70% quando o doador é parcialmente compatível.
Sabemos que existem três tipos de transplantes de medula óssea: o alogênico, autólogo e singênico. No alogênico, o doador recebe o transplante por meio de um parente de primeiro grau ou banco de medula óssea desde que a histocompatibilidade (semelhança ou identidade genética) tenha similaridade; no autólogo, a medula óssea ou as células-troncos periféricas são retiradas do próprio paciente; já o singênico é realizada entre irmãos gêmeos idênticos univitelino.
O transplante haploidêntico surgiu a pouco tempo nos Estados Unidos e já é realizado em alguns hospitais do Brasil. Este tipo de transplante tem a vantagem de não ser totalmente compatível para que o procedimento seja realizado, ou seja, o doador pode ser pai, mãe, irmão, primos ou tios. “Apesar de aumentar a porcentagem de realizar o transplante, este novo procedimento ainda é mais caro que os transplantes de doadores compatíveis. Outro ponto é o maior risco de infecções do transplante, por isso deve ser realizado em um hospital que tenha ambulatório especializado”, explica Celso Massumoto, onco-hematologista e coordenador da unidade de transplante de medula óssea do Hospital Nove de Julho.
Alguns centros, na cidade de São Paulo, já estão realizando o transplante haploidêntico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes jovens com linfomas de Hodgkin que foi tratado e reapareceu. “O paciente recebe altas doses de ciclofosfamida, que reduz a reação do paciente a medula do doador parcialmente compatível”, diz Massumoto. Além disso, o paciente recebe, previamente, baixas doses de quimioterapia e de radioterapia corporal total, e pós- transplante, dois tipos de medicamentos imunossupressores.
Inaugurado recentemente, a unidade de Transplante do Hospital Nove de Julho, oferece tecnologias ideais para este tipo de transplante. “ Esta unidade tem estação com bicicletas ergométricas e faixas elásticas, para que os pacientes possam se exercitar, tratamento de água com nova técnica no país, um sistema a base de cobre e prata, que diminui o risco de infecção e filtragem de ar nos quartos e corredores para eliminar qualquer tipo de impureza”, explica o médico. E ainda finaliza: “Desta forma o transplante é mais humanizado, e assim, consegue-se ultrapassar a barreira imunológica com resultados promissores”, finaliza.
Fonte: Máxima Assessoria