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Turquia detém 251 em operação contra o EI e rebeldes curdos.

País também bombardeou alvos do Estado Islâmico em território sírio.

Em 24/07/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A polícia da Turquia deteve nesta sexta-feira (24) 251 suspeitos de integrarem o Estado Islâmico (EI) e rebeldes curdos, em uma grande operação lançada em 13 províncias.

Cerca de 5 mil policiais, entre eles 2 mil das forças de intervenção rápida, apoiados por vários helicópteros, participam da operação, que acontece dias depois de um grande ataque a uma cidade no sul do país, que deixou 32 mortos e centenas de feridos.

Além da ação policial, a Força Aérea Turca usou caças para bombardear alvos do EI em território sírio. É a primeira vez que a Turquia participa de um ataque contra o grupo.

Três caças F-16 decolaram da base aérea de Diyarbakir e lançaram quatro bombas teleguiadas contra alvos do EI - dois quartéis centrais e um ponto de reunião - explica um comunicado divulgado no site do primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu.

A operação durou apenas 13 minutos, e ocorreu depois de cinco militares do EI terem disparado contra um posto turco na província de Kilis, na fronteira com a Síria. Um oficial morreu e dois sargentos ficaram feridos.

A decisão de enviar caças à Síria foi tomada em uma reunião de segurança extraordinária para analisar o incidente, assinala a nota publicada pelo primeiro-ministro.

Presos e morte
Em Istambul, a ação revistou 140 casas e deteve 98 pessoas, dentre elas 36 estrangeiros. Ao menos uma pessoa reagiu e foi morta em tiroteio.

Em Ankara, 9 foram detidos após a polícia vasculhar 12 casas.

Em Sanliurfa, capital da província onde o atentado suicida matou 32 na segunda-feira (20), foram detidos 35 suspeitos.

Já na província de Bursa, no oeste do país, os nove presos são integrantes da YDG-H, a ala juvenil do PKK, que na quarta reivindicou o assassinato de um islamita em Istambul. A vítima, segundo a organização, pertencia ao "alto escalão" do EI.

O assassinato foi uma resposta ao massacre de Suruc. Em comunicado, a YDG-H anunciou a intenção de realizar novas execuções de importantes figuras da rede jihadista.

Durante a ação, uma militante da organização de extrema-esquerda DHKP-C morreu durante uma troca de tiros com os agentes dentro de sua própria casa em Istambul, informou a agência "Analodu".

Um grupo de agentes foi na madrugada verificar um imóvel no bairro de Bagcilar, mas acabou sendo recebido a tiros. Ao responderem os disparos, as forças de segurança mataram uma integrante do grupo marxista, informou a agência.

Ataque
Ao menos dois integrantes do grupo jihadista Estado Islâmico morreram na noite de quinta devida à queda de um foguete disparado pelas forças turcas na Síria, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

O projétil caiu em uma região próxima à fronteira na província de Aleppo, no norte da Síria. O disparo teria ocorrido após um tiroteio entre extremistas e soldados turcos, depois de eles terem matado a tiros um homem que tentou entrar na Turquia.

O Observatório acrescentou que vários aviões bombardearam áreas sob o controle do EI perto da fronteira e ao nordeste do Aleppo. A entidade, porém, não soube explicar se as aeronaves eram turcas, da coalizão ou do regime do presidente Bashar al Assad.

O governo informou que três caças F-16 decolaram da base aérea de Diyarbakir e lançaram quatro bombas teleguiadas contra alvos do EI - dois quartéis centrais e um ponto de reunião.

A operação durou apenas 13 minutos, explicou o comunicado, e ocorreu depois de cinco militares do EI terem disparado contra um posto turco na província de Kilis, na fronteira com a Síria. Um oficial morreu e dois sargentos ficaram feridos.

Os militares turcos responderam ao ataque e mataram ao menos um membro do EI, destruindo também três veículos dos jihadistas. Além disso, promoveram um bombardeio com morteiros em posições da milícia perto da cidade de Azaz.

As autoridades da Síria ainda não se pronunciaram sobre a violação aérea turca. Contudo, em outras ocasiões, alertaram o governo do país vizinho que esse tipo de operação seria considerada como uma "agressão flagrante".

Fonte: AFP