POLÍTICA NACIONAL

UE convoca reunião especial com Turquia por crise migratória.

A União Europeia (UE) convocou uma reunião especial com a Turquia para março.

Em 19/02/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

 

A União Europeia (UE) convocou uma reunião especial com a Turquia para março, para abordar a crise migratória, ao fim do primeiro dia de um encontro no qual os governantes pediram que não haja ações nacionais unilaterais, em uma crítica velada à Áustria.

"Temos a intenção de organizar um encontro especial com a Turquia no início de março", afirmou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

"Antes desta reunião, alguns duvidavam da necessidade de resolver o problema da crise dos refugiados ao lado da Turquia", declarou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

"Mas não há alternativa", completou, antes de destacar a necessidade de ter uma "boa, inteligente e sábia cooperação com a Turquia".

A chegada à UE em 2015 de mais de um milhão de migrantes que fugiram de várias guerras desestabiliza o bloco, que passou de uma política de braços abertos ao fechamento das fronteiras.

A grande maioria dos que aspiram a obter asilo na UE chegam às ilhas gregas a partir da Turquia, que se tornou em 2015 o principal país de passagem dos emigrantes.

Também na quinta-feira, a Comissão Europeia classificou de incompatível com o direito europeu e internacional o plano da Áustria de limitar a 80 os pedidos diários de asilo dos refugiados.

"Tal política seria totalmente incompatível com as obrigações da Áustria sob a lei europeia e internacional", escreveu, em uma carta dirigida a Viena, o comissário europeu de Migração, Dimitris Avramopoulos.

Na véspera, a Áustria anunciou que vai limitar os pedidos de asilo a 80 por dia a partir desta sexta-feira, segundo a ministra do Interior, Johanna Mikl-Leitner.

A Áustria, que não quer superar o teto de 37.500 novos solicitantes de asilo em 2016, depois de ter recebido 90.000 pedidos em 2015, também limitará a 3.200 por dia o número de migrantes, que poderão transitar pelo país para pedir asilo em um país vizinho.

Fonte: AFP