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União Europeia espera aval da ONU para combater tráfico de pessoas.
Para que a operação seja estabelecida em mares líbios, é preciso uma autorização da ONU.
Em 18/05/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Depois de uma reunião entre os ministros do Exterior e da Defesa da União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica, para discutir uma solução para a questão da imigração ilegal através do Mar Mediterrâneo, foi anunciada hoje (18) uma missão naval e aérea para destruir barcos e prender traficantes de pessoas que atuam na costa da Líbia. Para que a operação seja estabelecida em mares líbios, é preciso uma autorização do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
A chefe da Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, ressaltou que, com a melhoria das condições climáticas, mais pessoas migrarão ilegalmente através do Mediterrâneo. “Há um claro senso de urgência”, disse, acrescentando que gostaria de ter uma operação em funcionamento o mais rápido possível, até junho.
Desde janeiro deste ano, 51 mil imigrantes, a maioria do Norte da África e do Oriente Médio entraram na Europa por rotas ilegais. Sem ter para onde ir, eles contam com ajuda humanitária para sobreviver. De acordo com dados ONU, 1,8 mil morreram este ano tentando completar a travessia.
A iniciativa europeia gera preocupações entre membros das Nações Unidas e de entidades de defesa de direitos humanos. O temor é que grupos de traficantes que atuam no mar Mediterrâneo se organizem e se armem, criando resistência aos ataques militares europeus. Se isso acontecer, mais vidas poderiam ser perdidas, ampliando a proporção da tragédia.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, enfatizou após a reunião que terroristas podem estar misturados aos imigrantes que chegam à Europa, o que, segundo ele, reforça a urgência e a importância de uma resposta adequada da União Europeia ao problema. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, destacou, entretanto, que “os próximos passos só serão dados quando as bases legais forem estabelecidas”.
Agência Brasil