Unidade volta a atender após 2 dias de serviços suspensos, no ES

Depois de ficar com o atendimento suspenso durante quase dois dias, o Pronto Atendimento de São Pedro III, em Vitória, voltou a atender os pacientes, na tarde desta segunda-feira (3), segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semus). A unidade ficou fechada após uma uma discussão entre pacientes e funcionários do PA, em que duas pessoas acabaram detidas. De acordo com a Guarda Municipal, durante o domingo e parte desta segunda-feira, apenas casos gravíssimos estavam sendo atendidos no local. Após uma reunião com servidores e representantes da população, a Prefeitura de Vitória informou que vai reforçar a segurança no local.

A confusão começou quando, na noite de sábado, o motorista de ônibus Paulo Henrique Almeida do Nascimento, 32 anos, que acompanhava o pai, um idoso de 57 anos, ficou nervoso pela demora e deu dois socos na mesa da médica que fazia o atendimento. Assustada, a profissional saiu correndo do consultório. A Polícia Militar foi chamada e de acordo com a prefeitura, um dos PMs que trabalhou na ocorrência, agiu com truculência contra um técnico em enfermagem, também formado em Direito, que se apresentou como advogado, defendendo a médica que se recusava a ir para a delegacia. Em seguida, foram detidos o técnico e o motorista.

Antes das 17h desta segunda-feira, quando o atendimento ainda não havia sido retomado, o aposentado Acredino Vieira estava aguardando ser atendido, além de estar com a esposa internada na unidade. Ele lamentou a situação. “Passei mal, da pressão, coração. Falaram que vão atender depois das 17h. O que eu vou fazer? Esperar, né? Não posso ir para casa sozinho. Minha esposa está internada ainda. É um castigo”, disse, emocionado.

A comerciária Scheila Armond, que estava com o marido tendo uma crise de pressão alta, recebeu a notícia de que ainda teria de esperar mais de uma hora para que ele fosse atendido. “Ele é hipertenso e começou a se sentir mal, com formigamento na mão, dor no peito, sensação de falta de ar. A gente resolveu levá-lo ao médico logo. Cheguei na recepção, sem ninguém, sem funcionário algum. Encontrei uma assistente social que informou que não estaria atendendo agora, não disse o motivo e pediu para aguardar. A gente fica sem ação, sem saber o que fazer. Você está dentro do hospital e não é atendido. Aí a pessoa morre ali sentada e o que eles vão fazer?”. Por volta das 18h30, Scheila informou que o marido dela já havia sido atendido e estava em casa.

Em nota enviada por volta das 18h, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o Pronto Atendimento de São Pedro já estava realizando o atendimento de demandas de todas as classificações. Em reunião com profissionais da saúde do PA de São Pedro, líderes comunitários e representantes de sindicatos da categoria profissional, ficou decidido melhoria nos fluxos de atendimento e melhoria na segurança.

Fonte: G1-Espírito Santo