EDUCAÇÃO
USP abre inscrições para programa de demissão voluntária
Custo do programa está estimado em R$ 400 milhões.
Em 18/11/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A Universidade de São Paulo abriu as incrições para o Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV), destinado aos servidores técnicos e administrativos. A USP diz que o programa é de cunho excepcional, adotado como medida para o reequilíbrio financeiro da universidade. Não há previsão de extensão ou criação de novos programas desse gênero.
O programa é aberto a todos os servidores celetistas com idade máxima de 67 anos, completados até 31 de dezembro, e que tenham contrato de trabalho em vigor com a USP. Não há restrições quanto ao tempo de trabalho.
Quem quiser aderir tem até 31 de dezembro para fazer sua inscrição. O funcionário vai receber além das verbas rescisórias a que já teriam direito, duas indenizações: um salário por ano de trabalho na USP, até o limite de 20 salários e ao valor total de R$ 400 mil, e mais 40% do saldo para fins rescisórios do FGTS, apurado em 30 de setembro.
Segundo os estudos da reitoria, a redução dos gastos com folha de pagamentos será “da ordem de 6,5% possibilitando uma significativa redução do déficit a partir de 2016”. O custo do programa está estimado em R$ 400 milhões.
A USP lançou ainda um sistema com informações úteis aos servidores. Além disso, o sistema possui um simulador em que o interessado poderá verificar os valores das indenizações do PIDV.
Após o fim das inscrições será gerada uma lista de classificação de acordo com os critérios de priorização. A relação de servidores que tiverem seus pedidos de demissão aprovados será divulgada no início de janeiro de 2015 e as rescisões e os pagamentos serão efetuados entre fevereiro e abril de 2015.
Neste ano, USP viveu sua greve mais longa em dez anos. A paralisação durou quatro meses. A reitoria afirmou que os gastos com folha de pagamento estão acima da arrecadação. Nesta segunda-feira (17), a USP publicou os salários de todos os seus funcionários, professores e servidores técnico-administrativos.
A USP recebe 5% do que o Estado arrecada com o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) e tem autonomia para destinar o dinheiro ao que achar melhor. Atualmente, todo o valor tem sido utilizado para pagar os salários e a instituição vem utilizando o dinheiro de uma poupança de emergência para as outras despesas. A reserva, no entanto, deve terminar em 2016, caso a universidade não se recupere.
Fonte: G1