EDUCAÇÃO

USP sobe e alcança sua melhor posição na história de ranking mundial.

No QS World University Ranking 2016, a USP pulou 23 posições e figura na 120ª colocação.

Em 06/09/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Depois de dois anos consecutivos de quedas, a Universidade de São Paulo (USP) pulou 23 posições e atingiu uma colocação recorde na edição de 2016 do QS World University Ranking, divulgado na tarde desta segunda-feira (5). O ranking internacional listou, neste ano, as 916 melhores instituições de ensino superior do mundo. A USP, que mantém o posto de melhor universidade brasileira, ficou na 120ª posição. Pelo quinto ano consecutivo, a melhor universidade do mundo, segundo o QS, é o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês).

Em um comunicado, o reitor da USP, Marco Antonio Zago, afirmou que "é inegável que a boa reputação da USP nos rankings internacionais tem um impacto muito positivo nas parcerias com outras universidades, facilitando o intercâmbio de pesquisadores e o desenvolvimento de projetos de pesquisa com financiamento conjunto".

Ranking QS 2016 - Veja a lista das dez melhores universidades do mundo:

  • 1º) Instituto de Tecnologia de Massachussets (MIT)
  • 2º) Universidade Stanford
  • 3º) Universidade Harvard
  • 4º) Universidade de Cambridge
  • 5º) Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech)
  • 6º) Universidade Oxford
  • 7º) Universidade College de Londres (UCL)
  • 8º) Instituto de Tecnologia de Zurique
  • 9º) Imperial College de Londres
  • 10º) Universidade de Chicago

O Brasil é o país da América Latina com mais instituições no ranking: 22. A Argentina, com 16 instituições, aparece em segundo lugar, mas, desde a edição passada, a Universidade de Buenos Aires (UBA) passou a USP e se tornou a universidade latino-americana mais bem colocada do ranking mundial. O México aparece 14 vezes na lista.

Nesta edição, 11 universidades brasileiras estão entre as 700 melhores do mundo.

As melhores universidades brasileiras do ranking:

  • 120) Universidade de São Paulo (USP)
  • 191) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
  • 321) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • 461-470) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
  • 501-550) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
  • 501-550) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp)
  • 501-550) Pontificia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
  • 501-550) Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
  • 551-600) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • 601-650) Universidade de Brasília (UnB)
  • 651-700) Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

Evolução da USP

Desde 2010, a USP passou por altos e baixos no ranking mundial QS. Durante três anos consecutivos, ela escalou várias posições rumo ao top 100. Em 2011, pulou da 253º para a 169ª posição; em 2012, subiu para a 139ª e, em 2013, para a 127ª colocação. Porém, entre 2014 e 2015, a instituição mantida pelo governo estadual de São Paulo acabou ficando para trás, caindo para a 132ª e a 143ª posições, respectivamentes. Em 2015, ela também perdeu, pela primeira vez, o posto de melhor universidade da América Latina. A USP é avaliada desde 2007 pelo ranking QS.

O título foi para a Universidade de Buenos Aires (UBA), que, desde 2014, vem galgando posições – em 2014, ocupada a 198ª posição, mas subiu para a 124ª em 2015. Nesta edição, ela ainda se consagrou com o a primeira instituição da América Latina a figurar entre as 100 melhores do mundo inteiro, pulando 39 posições e ficou na 85ª colocação.

Atualmente, o ranking QS é feito com base em pesquisas realizadas com mais de 74 mil acadêmicos e 37 mil empregadores, além de análise de 10 milhões de artigos de pesquisa e 66 milhões de citações. As universidades são avaliadas de acordo com seis indicadores, cada um com um peso diferente na composição do resultado: reputação acadêmica (40%), reputação do empregador (10%), relação entre corpo docente e estudante (20%), citações por docente (20%), estudantes internacionais (5%) e docentes internacionais (5%).

Segundo a QS, o desempenho sem precedentes da Universidade de São Paulo na edição 2016 do ranking se deve ao avanço da instituição em dois dos seis indicadores: reputação acadêmica e reputação do empregador. "No âmbito dessas métricas, a Universidade se destaca entre as Top 50", afirmou a entidade, em um comunicado.

De acordo com o reitor da USP, subir nos rankings não deve ser uma meta. "Um aspecto é melhorar apenas a posição da Universidade nos rankings, outro, muito mais importante, é melhorar a Universidade de uma forma geral. De qualquer maneira, a classificação incentiva a coleta e a análise de dados dentro da própria Instituição, revelando aspectos importantes como, por exemplo, que o impacto das pesquisas produzidas pela USP é equivalente ao de outras boas universidades do mundo, embora o percentual de colaboração com pesquisadores internacionais ainda deva melhorar", afirmou ele, em nota.

Maioria das brasileiras caem

Além da USP, as outras duas universidades brasileiras avaliadas entre as 400 melhores do mundo também avançaram de posição no ranking. A Unicamp subiu da 195ª para a 191ª posição, e a UFRJ passou do 323º para o 321º lugar.

“Embora o crescimento da USP seja louvável, nossa métrica sobre docentes por estudantes sugere que o sistema como um todo tem falhado em oferecer acesso suficientemente igualitário à educação superior. A performance das instituições mais importantes do país continua a melhorar, mas, se a nação pretende emergir da pior recessão em décadas, toda a estrutura do ensino superior brasileiro precisa equipar todos os alunos com a educacao necessária para melhorar tanto a produção quanto o resultado de pesquisas”, afirma Ben Sowter, Chefe da Divisão de Pesquisa da QS.

Fonte: g1