NEGÓCIOS
Vale divulga plano de obras e investimentos ambientais
Em 2021, a empresa dará início a grandes obras previstas no Plano Diretor Ambiental.
Em 03/12/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Novas wind fences, fechamento de áreas e canhões de névoa começam a ser instalados em 2021 e estão entre as principais ações previstas no Plano Diretor Ambiental.
Em 2021, a Vale dará início a grandes obras previstas em seu Plano Diretor Ambiental para reduzir a emissão de poeira na Unidade Tubarão. Novas wind fences, fechamentos de áreas de transporte e armazenamento de minério e mais canhões de névoa estão entre as principais ações.
Serão instaladas quatro novas wind fences, que funcionam como barreiras, reduzindo a velocidade do vento, com extensão de 6 quilômetros de telas. As novas estruturas serão instaladas nos pátios de finos das Usinas 1 a 4, das Usinas 5 a 7 e da Usina 8 e no pátio denominado Mercado Interno, que estoca material temporariamente. Essas estruturas vão se juntar às seis já existentes em Tubarão, totalizando 10 pátios cercados com 16 km de extensão. O início das obras está previsto para o segundo trimestre de 2021, com entrega em dezembro de 2023.
Nos pátios de pelotas das Usinas 5 a 7 e da Usina 8, começam as ser instalados no próximo ano mais canhões de névoa, iguais aos já instalados no pátio de pelotas das Usinas 1 a 4. Os canhões lançam microbolhas de água sobre as pilhas de pelotas, formando uma espécie de neblina. As microbolhas se juntam às partículas em suspensão, retirando-as do ar, aumentando a eficiência do sistema de controle ambiental já existente, composto por wind fence (barreira de vento) e supressor de pó. Serão ao todo 11 novos canhões nesses dois pátios, sendo seis no pátio das Usinas 5 a 7 e cinco no pátio da Usina 8, com previsão de início no quarto trimestre de 2021 e conclusão prevista em dezembro de 2023.
Movimentação de minério
O fechamento de grandes áreas de movimentação de minério também terá início em 2021. A principal correia transportadora da rota de embarque responsável pela alimentação dos píeres I e II, por onde são exportados todo o minério e pelotas de Tubarão, será fechada a partir do primeiro semestre. O fechamento da área de estocagem temporária da Usina 8 teve início em agosto deste ano e deve ser concluído até o final de 2021. O galpão terá 57 metros de comprimento, 66 de largura e altura de 28 metros, com 3,8 mil m² de área coberta.
"Em 2020 avançamos nos projetos de engenharia para viabilizar essas obras numa escala tão grande. A partir do próximo ano, as obras começam a ficar visíveis para que possamos alcançar a meta estimada para 2023, de reduzir as emissões difusas de poeira em até 93% em relação a 2010", destaca o gerente do Plano Diretor Ambiental, Maurício Cretella.
Essas e outras intervenções previstas atendem às recomendações do Plano de Metas da Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb), do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) e dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, inseridas no novo Termo de Compromisso Ambiental, focadas em tratar as fontes de emissões difusas provenientes da movimentação de produtos em pátios, correias transportadoras, píeres e usinas.
Monitoramento de poeira e gestão hídrica
Em 2020, conforme previsto no PDA, foi realizada a ampliação da Rede Automática de Monitoramento de Poeira (Ramp), que ganhou 16 novas estações, totalizando 53 instaladas na Unidade Tubarão.
As estações são sensores instalados em torres distribuídas em locais com potencial de emissão de poeira difusa. Os instrumentos de medição identificam a concentração de partículas e a velocidade do vento e transmitem os dados em tempo real para um software que interpreta e integra as informações, que são enviadas para o Centro de Controle Ambiental da Vale, onde toda a operação e controles ambientais são acompanhados 24 horas por dia.
As novas estações de monitoramento funcionam por meio de painel solar, o que permitiu ampliar a cobertura na área operacional em locais que não possuem cabeamento elétrico. O sistema da Ramp, considerado inédito, foi submetido à avaliação da Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (COPPETEC), da Universidade federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O relatório validou a metodologia e tecnologias adotadas e recomendou a ampliação do sistema, conforme realizado.
Também este ano, a Vale concluiu a construção de três novas estruturas de reserva e tratamento de efluentes na Unidade Tubarão, como parte de seu Plano Diretor Ambiental. Com isso, a empresa ampliou sua capacidade de armazenamento de 60 milhões para 125 milhões de litros de água, o que equivale a 50 piscinas olímpicas. As estruturas armazenam água de chuva e efluentes que poderão ser reutilizados no processo produtivo.
Seguindo seu planejamento, até 2023, a Vale vai investir em ações para ampliar a capacidade dos sistemas de reserva e de tratamento de efluentes, aumentar o reúso e desenvolver fontes alternativas de captação de água.
Negócios e empregos
Para viabilizar as obras de controle ambiental na Vale já foram assinados R$ 590 milhões em contratos. Em 2020, cerca de 1,8 mil pessoas atuaram no pico das obras da Unidade Tubarão. A estimativa é de que, em 2021, 2,9 mil trabalharão no pico nas obras.
Haverá oportunidades para profissionais diversos, como oficial polivalente, armador, carpinteiro, mestre de obras, encarregado, eletricista, mecânico, soldador, montador de andaime e encanador industrial. Esses profissionais serão contratados pelas empresas responsáveis pelas obras ao longo do ano.
Avanços do PDA
2018
- Fechamento lateral do Píer I
- Início do uso de produto à base de celulose nas pilhas de minério.
2019
- Instalação de canhões de névoa no pátio de pelotas das Usinas 1 a 4.
- Fechamento do pátio de insumos da Usina 8.
- Fechamento lateral dos transportadores do Píer de Carvão.
- Estação de Tratamento de Efluentes Sanitários das Usinas 1 a 4.
2020
- Ampliação da Rede Automática de Monitoramento de Poeira.
- Construção de três reservatórios e uma estação de tratamento de efluentes de minério. Sendo: ampliação do Reservatório BSR; construção do Reservatório Central; e construção de nova Estação de Tratamento de Efluentes de Minério com reservatório. (Por Elaine Vieira - AsImp/Vale)