EDUCAÇÃO

Vencedora do Nobel, Malala faz escola para sírias refugiadas.

Malala se tornou um símbolo de enfrentamento após levar um tiro de membros do Taliban.

Em 12/07/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Malala Yousafzai, a mais jovem vencedora do Prêmio Nobel da Paz, comemorou seu aniversário de 18 anos no Líbano neste domingo abrindo uma escola para garotas sírias refugiadas e pediu aos líderes mundiais para investir em "livros, não em balas".

Malala se tornou um símbolo de enfrentamento após levar um tiro de membros do Taliban em um ônibus escolar no Paquistão em 2012 por lutar pelo direito de garotas à educação. Ela continuou sua campanha e recebeu o Nobel em 2014.

"Eu decidi estar no Líbano pois eu acredito que as vozes dos refugiados sírios precisam ser ouvidas e elas têm sido ignoradas por muito tempo", disse Malala à Reuters em uma sala escolar decorada com desenhos de borboletas.

O Fundo Malala, organização não-governamental que apoia projetos de educação local, pagou pela escola no Vale de Bekaa, perto da fronteira síria. A escola pode receber até 200 garotas de 14 a 18 anos.

"Hoje, no meu primeiro dia como adulta, em nome das crianças do mundo, eu peço aos líderes que devemos investir em livros ao invés de balas", disse Malala em discurso.

O Líbano abriga 1,2 milhão dos 4 milhões de refugiados que fugiram da guerra da Síria. Existem cerca de 500 mil crianças sírias com idade escolar no Líbano, mas apenas um quinto delas estão recebendo educação formal.

O Líbano, que permite assentamentos informais em terras arrendadas por refugiados, disse que não pode mais lidar com o fluxo de quatro anos de conflito na Síria. Uma entre quatro pessoas vivendo no Líbano é refugiada.

Malala foi festejada com música e um bolo de aniversário. Levada às lágrimas pelas garotas, ela foi modesta ao lhe pedirem conselho.

"Elas são incríveis, eu não acho que precisem de qualquer mensagem, eu não acho que elas precisam de qualquer outro conselho, porque elas sabem que a educação é muito importante para elas."

Fonte: Reuters