NEGÓCIOS

Vendas Diretas como solução para quem perdeu o emprego

Entre as opções disponíveis, a chamada porta a porta aparece em maior destaque.

Em 21/07/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Divulgação/sejaconsultorracco

Previsão de aumento do empreendedorismo no País devido ao elevado índice de desemprego, aquece setor de vendas diretas no qual o Brasil é líder de mercado na América Latina e o sexto maior do mundo.

Em um momento de forte recessão econômica e altos índices de desemprego, empreender passou a ser a solução para milhares de brasileiros. Enquanto em 2019 o país atingiu 23,3% de taxa de empreendedorismo inicial, segundo a pesquisa Global Entrepreneuship Monitor (GEM), apoiada pelo Sebrae, em 2020 a previsão é que 25% da população adulta esteja envolvida na abertura de um novo negócio. Entre as opções disponíveis, a Venda Direta - chamada porta a porta - aparece em maior destaque.

Com 55% de seus empreendedores atuando em ambientes virtuais - como WhatsApp e Mídias Sociais -, o setor de vendas diretas teve crescimento no número de representantes chegando a cerca 4 milhões de trabalhadores em 2019. O aumento do volume de vendas resultou em rendimento de mais de R$ 45 bilhões no ano passado para o setor, que se destaca por ser uma alternativa de baixo investimento inicial e maior autonomia e flexibilidade de horários para quem tem que lidar, ao mesmo tempo, com trabalho e família.

O setor se estabelece como boa opção quando são analisados os números divulgados pela World Federation of Direct Selling Associations (WFDSA) - Federação Mundial das Associações de Vendas Diretas, que posicionam o Brasil como líder latino-americano do setor. O País também consolidou sua posição como sexto maior mercado do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (20%), China (13%), Coreia do Sul (10%), Alemanha (10%) e Japão (9%).

"Os números mostram que o setor continua forte e ressaltam que as vendas diretas são uma alternativa importante na crise causada pela pandemia, uma excelente opção para quem quer mudar e empreender em um novo negócio, com baixo custo inicial e muita representatividade no mercado", explica Adriana Colloca, presidente executiva da ABEVD.

Além de baixo investimento, a Venda Direta não exige formação específica ou experiência com vendas para os empreendedores independentes. Os ganhos são proporcionais à energia e ao tempo que dedicados à atividade. Como o setor abrange diversos segmentos do varejo, é perfeitamente viável diversificar as frentes de atuação, com a comercialização de itens variados como cosméticos e cuidados pessoais, roupas e acessórios, alimentos e bebidas, entre outros.

A pandemia causada pelo coronavírus também destacou a relevância da atividade para os consumidores, já que apresenta muitas comodidades. Ao construir uma relação de confiança com o revendedor, os clientes podem contar com indicações personalizadas de produtos, que serão mais adequados para os seus interesses - e sem a necessidade de se deslocar até um comércio tradicional para fazer suas compras.

A ABEVD

A Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) é uma entidade sem fins lucrativos, criada, em 1980, para promover e desenvolver a venda direta no Brasil, bem como representar e apoiar empresas que comercializam produtos e serviços diretamente aos consumidores finais. (Por Dieneffer Santos - Ascom/ABEVD)