ECONOMIA NACIONAL
Vendas do varejo devem cair 1,2% no terceiro trimestre.
A projeção busca antecipar o comportamento do varejo.
Em 08/07/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
As vendas do varejo no Brasil devem sofrer queda de 1,2% no terceiro trimestre de 2015 ante o segundo trimestre, segundo a projeção do Programa de Administração do Varejo da Fundação Instituto de Administração (Provar-Fia) e do Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo (Ibevar).
A projeção busca antecipar o comportamento do varejo seguindo os mesmos critérios da Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE.
Na avaliação do professor Cláudio Felisoni de Angelo, a retração é esperada em razão de uma combinação de fatores negativos para o consumo.
"A redução da massa de rendimentos real, redução do poder de compra diante da inflação e temor dos consumidores com o emprego afetam as projeções", diz.
A pesquisa detectou que, para o terceiro trimestre de 2015, aumentou fortemente a expectativa das famílias de maior desemprego no Brasil.
Na amostra de 500 consumidores do município de São Paulo, a percepção combinada das pessoas indica que a sensação é equivalente a de uma elevação de 48,9% da taxa de desemprego, enquanto no terceiro trimestre de 2014 essa ainda era uma preocupação menos relevante.
A redução do poder de compra da população também é notada pelo estudo. A parcela do orçamento da população que está disponível para compras sai de 11% na pesquisa do terceiro trimestre de 2014 para 6% agora.
Com isso, segundo o estudo, caiu o número de consumidores dispostos a comprar em todas as categorias de produtos duráveis. As categorias, que incluíam linha branca, móveis, eletrônicos, vestuário, entre outros, todas estão com intenção de consumo inferior à média histórica da série que iniciou em 1999.
Entre os itens que tiveram piora mais significativa na intenção de compra estão itens de cama, mesa e banho, com redução de 73% na comparação com o terceiro trimestre de 2014. Na sequência aparecem os eletroportáteis, com redução de 62,6% e automóveis e motos, com 49,4%.
Fonte: Estadão