POLÍTICA INTERNACIONAL
Vítimas da bomba atômica estarão na cerimônia de Obama em Hiroshima.
O prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, se reuniu com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
Em 25/05/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Vítimas da bomba atômica serão convidadas para acompanhar a visita histórica do presidente Barack Obama na sexta-feira a Hiroshima, destruída por um bombardeio nuclear americano em 1945, informou a imprensa japonesa.
Sobreviventes assistirão à cerimônia diante do monumento que homenageia os 140.000 mortos, de acordo com os jornais Yomiuri e Mainichi, que citaram fontes do governo que pediram anonimato.
Também estarão presentes ex-prisioneiros de guerra americanos para evitar que a visita de Obama - a primeira a Hiroshima de um presidente dos Estados Unidos em exercício - se pareça com uma "viagem de desculpas", como temem algumas pessoas nos Estados Unidos.
Obama já avisou que não pedirá desculpas.
"Não, porque considero importante reconhecer que em plena guerra os dirigentes devem tomar todo tipo de decisões", afirmou em uma entrevista ao canal público japonês NHK.
"Cabe aos historiadores fazer perguntas e examiná-las, mas eu seu bem, após sete anos e meio em meu cargo, que todo governante toma decisões muito difíceis, sobretudo em períodos de guerra", disse.
O prefeito de Hiroshima, Kazumi Matsui, se reuniu na terça-feira com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e defendeu um encontro de Barack Obama com sobreviventes, segundo a imprensa nipônica.
"Se o presidente se reunisse com as vítimas cara a cara poderia entender o que sentem", disse Matsui.
Nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, duas bombas atômicas foram lançadas em Hiroshima e Nagasaki. Os ataques deixaram 214.000 mortos e levaram o Japão a anunciar sua rendição na Segunda Guerra Mundial.
Barack Obama, que está no Vietnã, se encontrará nesta quarta-feira à noite com Shinzo Abe no Japão, antes de participar na quinta-feira e sexta-feira em uma reunião de cúpula de chefes de Estado e Governo do G7 em Ise-Shima, centro do arquipélago, e depois visitar Hiroshima.
kh-anb/fp/AFP