Que possamos respeitar e contribuir para o respeito e a proteção dos nossos idosos", reforçou a secretária de Assistência Social de Vitória, Cintya Schulz.

Para marcar o Dia Nacional de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), com apoio do Conselho Municipal do Idoso de Vitória (Comid), promoveu, na manhã desta terça-feira (15), ações de conscientização da população, encenando as possíveis formas de violência que o idoso pode sofrer.

Elas foram realizadas em pontos estratégicos da capital, como praça Costa Pereira, avenida Fernando Ferrari (em frente à Leroy Merlin); Núcleo de Integração Social para Pessoas Idosas (Nispi) São Pedro e Prefeitura de Vitória. Além de encenações teatrais, cartazes informavam sobre a data e a importância do combate a esse tipo de violência.

"Para nós, da Secretaria Municipal de Assistência Social, ter uma campanha de conscientização sobre a violência contra o idoso é de suma importância, especialmente para divulgação dos serviços que a Prefeitura presta nesse sentido e dos canais para que tais denúncias possam ser feitas. Que possamos respeitar e contribuir para o respeito e a proteção dos nossos idosos", reforçou a secretária de Assistência Social de Vitória, Cintya Schulz.

Formas de violência

Quando se fala em violência, a tendência é pensarmos em agressão física e verbal, no entanto, a negligência aos direitos e às necessidades da pessoa idosa também são tipos de violência, infelizmente, muito comuns de ocorrer.

"As pessoas precisam entender que respeitar a pessoa idosa é respeitar o próprio futuro", disse a presidente do Comid, Germânia Maria Freire de Menezes.

Ela explica que a falta de respeito é vista todos os dias na cidade, em atitudes como desrespeitar a vaga exclusiva para essa faixa etária ou agir com impaciência e falta de gentileza no trânsito ou no caixa eletrônico, por exemplo.

Dados do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) apontam que, na capital, os tipos de violência mais cometidos são a negligência, agressão verbal e violência financeira.

Violação dos direitos dos idosos 

Os números do Disque 100, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, do Governo Federal, assustam ao apontar que, no primeiro semestre deste ano, foram registradas mais de 33,6 mil denúncias de violação de direitos dos idosos.

Durante o ano anterior, o mesmo indicador mostrou que foram 48,5 mil casos, o que mostra um crescimento da violência contra o idoso no período da pandemia da Covid-19, uma vez que, de acordo com o mesmo indicador de março a junho de 2020, foi apurado aumento de 59% do número de denúncias, comparado ao mesmo período do ano anterior.

Em Vitória, de acordo com a gerente de Média Complexidade da Semas, Fabíola Calazans, no período compreendido entre 1º de junho de 2020 e 1º de junho de 2021, foram atendidos 571 casos de idosos em violação de direitos nos Creas.

"A maioria é de mulheres, de cor parda e preta, sendo que 27% deles apresentam algum tipo de deficiência física ou mental".

"Durante a pandemia, a violência contra os idosos aumentou. A campanha tem por objetivo orientar a população sobre os direitos dos idosos, a rede de proteção e os canais de denúncia, além de estimular os idosos a procurar os serviços da rede socioassistencial", afirmou dona Germânia, de 75 anos de idade, há 15 atuando pelo bem-estar e pela garantia dos direitos das pessoas acima de 60 anos de idade.

Canais de denúncia

Fala Vitória 156: De segunda a domingo, inclusive feriados, das 8 horas até meia-noite.

Disque 100: 24 horas por dia, incluindo finais de semana e feriados. As ligações são gratuitas e podem ser feitas de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel. As denúncias podem ser anônimas, e o sigilo das informações é garantido, quando solicitado.

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