Para envolver ainda mais as famílias na temática e proporcionar diversão e interação entre os pares, foi realizada uma oficina em cada sala de aula dos pequenos.

Um dia pra lá de especial para crianças, famílias e equipe escolar do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Rubens Duarte de Albuquerque, que fica no bairro Itararé. Nesta quinta-feira (29), a unidade de ensino abriu as portas para os familiares e responsáveis das crianças para o "Dia da Família na escola: conhecendo a cultura afro-brasileira".

Inicialmente as pedagogas Josiane Santos e Virgínia Mello recepcionaram as famílias com a brincadeira "o mestre mandou", proporcionando um resgate de memória afetiva. Teve também uma apresentação musical emocionante dos grupos 5 e 6. Além disso, a equipe escolar preparou um café coletivo para as famílias.

"É um dia muito importante para nós, temos trabalhado a cultura afro-brasileira com as crianças. Trouxemos essa temática para ressaltar a importância cultural, culinária, artística, histórica que o povo negro trouxe para o Brasil. Além disso, faz parte de uma proposta de ensinar as crianças a se afirmarem, a se aceitarem como são. Se o cabelo é cacheado, ou liso, ele é lindo do jeito que é e é isso que mais importa", disse a pedagoga Josiane Santos.

Nas paredes e corredores da unidade de ensino, vários painéis e cartazes dão vida ao local e trazem o tema do dia à tona, sempre valorizando a cultura afro-brasileira. Um dos que mais chama a atenção de quem passa tem a frase:

"Para além da fala, é preciso ação".

Oficinas

Para envolver ainda mais as famílias na temática e proporcionar diversão e interação entre os pares, foi realizada uma oficina em cada sala de aula dos pequenos. Oficina de pintura; confecção de panos de prato; pintura em moldes vazados; pintura de galinha d'angola e contação de história de costumes africanos foram as atividades do dia.

No refeitório, as crianças do grupo 4 botaram a mão na massa junto com as famílias e professores em uma oficina de munguzá, receita mais conhecida como canjica no Brasil.

Participação

Vale ressaltar o grande número de familiares que fizeram questão de ir até a unidade de ensino para passar um dia especial com as crianças, vivenciando momentos que ficaram marcados por muita alegria, troca de experiências, aprendizado coletivo e diversão da comunidade escolar.

"Achei muito bom o dia da família. Acho importante tratar da cultura afro, ensinar as crianças a se valorizar, é uma sementinha que você planta e que certamente cresce e rende frutos lá na frente. Foram momentos muito especiais, quero mais vezes!", afirmou a Raina, tia de Christian, do grupo 5.

"É sempre importante a família estar na escola! É fundamental para as crianças verem os pais juntos, dando apoio, trazendo confiança. E é legal para nós também termos um dia para conviver com os outros pais, com as outras crianças", ressaltou Leydimara, que é mãe de Christian, do grupo 6, de Helena, do grupo 5, e de Ana Liz, do grupo 3.

Respeito à diversidade

A pedagoga Josiane Santos ressaltou a importância do dia da família na escola e também de trabalhar a temática afro-brasileira.

"Acreditamos na importância de práticas pedagógicas que abordem as diversidades étnico-raciais na Educação Infantil, a fim de que, desde o início da sua escolarização, a criança possa criar o sentimento de pertencimento racial e respeito à diversidade", disse.

Para a equipe pedagógica, a inserção de tal temática é indispensável para transformações na sociedade, em busca de uma educação para todos, em que, pelo estudo de história, etnias e culturas se compreendam as peculiaridades dos povos e se respeitem as diferenças.

"É preciso quebrar o silêncio, combater o racismo e valorizar as diversidades étnico-raciais e promover o respeito às diferenças. Quando temas como o indígena e o negro vêm à tona na escola, muitas vezes é de forma folclórica. É preciso quebrar o silêncio, combater o racismo e valorizar as diversidades étnico-raciais e promover o respeito às diferenças", afirmam. (Secom/PMV)

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