O acesso ao Ambulatório da Dor Crônica acontece mediante encaminhamento feito por reumatologistas ou ortopedistas do Centro Municipal de Especialidades de Vitória (CME) de Vitória.

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A Saúde de Vitória passa a ofertar mais um serviço inédito para os moradores da capital: o Ambulatório da Dor Crônica. Nesse novo espaço, localizado no Centro Municipal de Especialidades de Vitória (CME), pessoas que vivem com dor crônica devido à fibromialgia ou à osteoartrite (popularmente conhecida como artrose) serão atendidas por uma equipe multiprofissional, composta por enfermeiro, fisioterapeuta, médico e psicólogo.

O acesso ao Ambulatório da Dor Crônica acontece mediante encaminhamento feito por reumatologistas ou ortopedistas do CME Vitória.

Para a secretária de Saúde de Vitória, Magda Lamborghini, o Ambulatório da Dor Crônica é um exemplo do compromisso da gestão com o bem-estar e a qualidade de vida dos moradores do município. "Esperamos, com esse novo serviço, que os pacientes atendidos tenham mais qualidade de vida e exerçam de forma plena seus papéis na comunidade, na família e no trabalho".

Idealizado como um serviço estruturante para atender pessoas que vivem com dor crônica, o Ambulatório prevê tratamento sistematizado para 15 pacientes por 13 semanas. Nesse período, cada pessoa terá acesso a palestras, rodas de conversa e reuniões de equipe, que ocorrerão mensalmente; além de sessões de fisioterapia, psicologia e avaliações médicas semanais. Durante o processo, os pacientes também receberão incentivos em relação ao tratamento e ao autocuidado.

O tratamento no Ambulatório da Dor Crônica também poderá ofertar, de acordo com as necessidades de cada paciente, sessões de infiltrações articulares e agulhamento seco, inclusão de novos medicamentos com menos efeitos colaterais e prioridades nos encaminhamentos a  nutricionista e acupunturista da rede de saúde municipal.

A médica reumatologista, Raquel Altoé, falou sobre a sua angústia de conduzir os pacientes portadores de dor crônica.

"A ideia do Ambulatório da Dor surgiu diante da minha angústia de conduzir os pacientes portadores de dor crônica. Porque você percebe que não basta uma prescrição de um fármaco ou um tratamento direcionado para dor articular nesses casos. É preciso intervir também na maneira como esses pacientes usam sua musculatura e suas articulações no seu dia a dia, intervir também na maneira como eles interpretam suas condições, suas vidas cotidianas no trabalho e na família."

Raquel destaca que o principal objetivo do novo serviço é melhorar a qualidade de vida, fortalecendo a autonomia desses pacientes diante da doença. " Quem vive com dor crônica não pode se acomodar e esperar pelas crises. Por isso estamos confiantes de que, com a intervenção multiprofissional, frequente e intensiva, ao longo desses quatro meses, essas pessoas poderão se fortalecer e encontrar formas eficazes de prevenir crises de dor, possibilitando assim o sonhado controle da doença", disse.

Além de todo o tratamento, a equipe do Ambulatório da Dor Crônica fará acompanhamentos junto aos pacientes com base em testes e parâmetros científicos, com o objetivo de comprovar a eficácia do tratamento multidisciplinar.

"Profissionais de várias áreas estarão atuando unidos, de forma coesa e frequente para ajudarem essas pessoas a descobrirem e aprenderem um caminho possível para uma vida mais ativa, com menos dor e sobretudo com mais qualidade."

Depoimentos

Em poucos dias de funcionamento do novo serviço, algumas pacientes já relataram melhoras significativas em seus sintomas. É o caso de Amélia de Paiva, 57 anos. Ela foi diagnosticada há dois anos com fibromialgia e artrose, mas conta que, com apenas 20 dias de acompanhamento no Ambulatório,  já sentiu melhoras em seus sintomas.  

"Antes eu sentia dor 24 horas por dia, todos os dias. Não podia nem tocar nas coisas, nem me movimentar porque sentia fisgadas intensas de dor. Agora sinto dor apenas quando preciso me levantar da cama ou da cadeira, mas a dor passa. Eu melhorei uns 80% pra mais. Tanto que parei de tomar um dos remédios mais fortes pra dor e não sinto falta. Aprendi com a equipe a não focar na dor e, graças a Deus, ela tem perdido cada vez mais espaço na minha vida."

Outra paciente do projeto que também relata melhoras na sua qualidade de vida é Maria Aparecida Ferrari, especialmente pelo acolhimento da equipe.

"Nós agradecemos por esse serviço, porque nós que temos fibromialgia sofremos muito, tanto pela dor física quanto pela falta de entendimento de pessoas que convivem com a gente. Hoje me sinto mais calma, aprendi a me acalmar e tento produzir minha própria endorfina, como a equipe de saúde nos explica. Tenho muito a agradecer porque essa equipe nos abraçou com amor e carinho, sem nos rotular."

Serviço:
Ambulatório da Dor Crônica.
Onde: Centro Municipal de Especialidades de Vitória, localizado na avenida Dário Lourenço de Souza, 120, Mário Cypreste, Vitória
Para quem: moradores de Vitória com fibromialgia e osteoartrite referenciados por reumatologistas e ortopedistas do CME Vitória.

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