POLÍTICA NACIONAL
Voto de confiança foi dado, mas não foi retribuído, diz Abag
A afirmação é de Marcello Brito, presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).
Em 31/08/2021 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Marcello Brito, presidente da Abag, afirma que entidades não podem se omitir "em tempos de pressão como agora".
O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Marcello Brito, afirmou que "o voto de confiança" dado a integrantes do poder político não foi honrado, embora não tenha citado nomes. A entidade foi uma das que assinou manifesto de organizações representativas de subsetores do agronegócio pedindo pacificação entre os Poderes, e a favor da democracia, nesta segunda-feira, 30.
"O voto de confiança foi dado, e a confiança não foi retribuída", disse Brito durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
O presidente da Abag afirmou ainda que, neste momento, as entidades não podem se omitir.
"Talvez a gente tenha sido condescendente por um tempo longo demais. A omissão não se admite em tempos de pressão como agora."
A Abag havia confirmado que assinaria um manifesto pela pacificação do País que, entre outras entidades, conta com adesões da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Este manifesto, que levou os bancos públicos Banco do Brasil e Caixa a manifestarem a intenção de deixar a Febraban, teve a publicação adiada. As entidades do agro, porém, divulgaram um texto próprio.
Brito afirmou que as discussões precisam ser centradas no agravamento da desigualdade social, que tem levado milhões de brasileiros à pobreza e à fome.
O presidente da Abag reduziu a importância de divergências entre entidades do setor com relação ao governo. Segundo Brito, as entidades que assinaram o manifesto a favor da democracia - a Abag entre elas - olham o Brasil para "além de 2022", mas evitou fazer críticas a órgãos que se manifestaram a favor do presidente Jair Bolsonaro.
"Eu tenho grandes amigos sojicultores, e a gente senta e conversa. Uns se sentem representados de uma forma, outros de outra", afirmou ele.
No começo do mês, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Antônio Galvan, manifestou apoio aos atos de 7 de Setembro, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Ele foi alvo de operação da Polícia Federal no último dia 20, que investigou suspeitos de envolvimento com a organização dos protestos, que nas primeiras convocações, pediam o impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). (Estadão Conteúdo)
Leia também:
> Lula chama Bolsonaro de tresloucado: "O País precisa de paz"
> Caso envolvendo Flávio Bolsonaro pode prorrogar CPI da covid
> Centrão já admite derrota de Bolsonaro no primeiro turno
> Senado aprova recondução de Augusto Aras à PGR por 55 a 10
> Brasil Verde é apresentado no Fórum dos Governadores
> Doria nomeia Rodrigo Maia para secretaria no governo de SP
> Avaliação negativa do governo Bolsonaro atinge maior nível
> Estados expressam apoio ao STF sobre ataques de Bolsonaro
> Congresso manobra para liberar R$ 7 bi a partidos em 2022
> Casagrande e Zema avaliam acordo sobre tragédia de Mariana
> Parte da elite se afastou de Bolsonaro e não entra em aventura
> Com 437 votos, Câmara cassa mandato da deputada Flordelis
> PEC do voto impresso é rejeitada pelo plenário da Câmara
> Militares devem deixar de lado loucuras de Bolsonaro, diz Renan
> Operação Formosa: Por que blindados do Rio estarão Brasília
> Bolsonaro receber tanques em Brasília é ameaça de golpe
TAGS: CPI DA COVID | CORRUPÇÃO | CONGRESSO | PGR | STF | IMPEACHMENT | INVESTIGAÇÃO | ELEIÇÕES | POLÍTICA