ESPORTE INTERNACIONAL

Warriors decide não visitar Casa Branca após vencer título da NBA.

Visita ao presidente americano é tradição, mas jogadores são críticos a Trump.

Em 13/06/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Nas principais ligas esportivas dos Estados Unidos é tradicional que os campeões visitem o presidente em exercício após a conquista de um título. Dessa vez isso não acontecerá para o Golden State Warriors. Por decisão unânime do time e da comissão técnica, o atual campeão da NBA optou por não ir a Washington se encontrar com Donald Trump.

Steve Kerr, treinador dos Warriors, nunca poupou críticas ao atual chefe de estado. Em uma coletiva de imprensa já chegou a chamar o líder de grosseiro e afirmou que ele não se encaixa no perfil do cargo de presidente. 

- O homem que irá nos liderar costuma usar palavras racistas e misóginas. As pessoas votam por vários motivos, certo? Pelos direitos ao aborto ou casamento gay ou por políticas sociais e internacionais. É sobre isso que a eleição deveria ser, votar baseado em política. Mas essa não foi. Nada teve a ver com política. Ela teve a ver com ódio e medo e nós tivemos um candidato que inflamou e se aproveitou disso. Esse é um péssimo precedente para o nosso país - disse Kerr em maio de 2016 sobre a eleição.

Stephen Curry, um dos principais astros do Golden State Warriors, teve problemas com a sua patrocinadora, a fornecedora de material esportivo Under Armour, após um dos diretores elogiar o presidente. O clima entre o craque da camisa 30 e a marca ficou ruim após o jogador discordar publicamente de uma afirmação do CEO, Kevin Plank.

Não há confirmação, mas nos bastidores acredita-se que, caso Cleveland tivesse ficado com a taça, a postura dos Cavaliers seria a mesma, principalmente após LeBron James criticar publicamente o presidente. Recém-aposentado, o craque Kobe Bryant afirmou recentemente que faria a visita à Casa Branca apesar da figura do atual presidente. Segundo Bryant, o evento não tem a ver com quem é o administrador, mas sim com a bandeira e o país.

- É muito mais do que como você se sente em relação ao atual dono da cadeira. É sobre os caras que estão ao seu lado, a bandeira, as crianças que te admiram e os Estados Unidos. Mas, honestamente, é um escolha bem difícil - disse Kobe recentemente.

Os Warriors são a primeira equipe a abrir mão da visita a Trump. O Chicago Cubs, que conquistou a World Series de baseball recentemente, apressou o encontro para o último dia de Barack Obama no escritório, poucas semanas após a conquista, para evitar problemas. O New England Patriots viu grande parte de seus atletas ficar de fora, mas não cancelou o evento. O mesmo aconteceu com a universidade de Clemson, campeã nacional de futebol americano universitário.

(Foto: Kyle Terada/USA TODAY Sports/Reuters)