ESPORTE INTERNACIONAL

Comércio se enfeita com cartazes na bela Trieste

Trieste, cidade portuária localizada no Nordeste da Itália é encantadora.

Em 26/09/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A pequena e bela cidade portuária de Trieste, localizada no Nordeste da Itália, parece nem perceber que está recebendo um grande evento internacional de esporte. Salvo por alguns cartazes colados na vitrine de restaurantes e lojas da principal área turística da cidade, seria difícil imaginar que a região é uma das sedes do Mundial feminino de vôlei 2014. As arquibancadas do ginásio Palatrieste geralmente vazias nos jogos realizados nos três primeiros dias do torneio indicam o pouco interesse da população local. Enquanto isso, em Roma, onde o grupo da Itália joga a primeira fase, o cenário tem sido bem diferente.

As brasileiras não têm do que reclamar da “casa” da seleção na primeira fase do Mundial feminino de vôlei. A cidade, que tem apenas cerca de 200 mil habitantes, é tranquila, não tem problema de trânsito, o clima é agradável e, além de todas essas facilidades, é muito bonita. 

-  A cidade é muito gostosa, muito linda. Está todo mundo gostando muito - disse a ponteira bicampeã olímpica.

A história da região também chama atenção e desperta interesse. No século XIII, Trieste era um território de domínio austríaco e, até hoje, carrega influências dessa mistura. Durante a Segunda Guerra Mundial, fazendo parte novamente da Itália, o local sofreu invasão nazista e foi campo de concentração. Hoje, o conjunto de edifícios (Risiera di San Sabba) utilizado para manter prisioneiros naquela época virou parte da rica história da cidade e, consequentemente, um de seus principais pontos turísticos.

Nas regiões mais turísticas da cidade é possível notar que o comércio local se envolveu com o Mundial feminino de vôlei. Algumas lojas e restaurantes estampam em suas vitrines cartazes oficiais da competição. As lojas de departamento que vendem lembranças ligadas ao torneio, no entanto, são raras. 

O Mundial vôlei parece ainda não ter conquistado a população local. Nos primeiros dias de jogos, as arquibancadas do Palatrieste ficaram vazias. O fato da Itália jogar na primeira fase em outra cidade (Roma) e os horários dos jogos (10h30, 17h e 20h) dificultam ainda mais o interesse dos torcedores. O ginásio só não tem ficado mais vazio porque a organização está convidando escolas para participarem do evento levando os estudantes.

- A gente tem que criar as nossas próprias motivações. A gente sabe que o time da casa não está nesse grupo. Tive a oportunidade de ver uma foto da etapa de Roma, onde a Itália está jogando, e estava lotado. Então, acho que é normal – comentou a ponteira Fernanda Garay.

Por Lydia Gismondi -Trieste/Itália