Curso atualiza médicos e farmacêuticos sobre medicamentos

Uma das maiores preocupações dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é com o risco de infecções, que no local é de cinco a 10 vezes maior do que em outros ambientes de um hospital, segundo a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).

Ainda de acordo com a instituição, estudos revelam que 70% das pessoas internadas nas UTIs recebem tratamento para algum tipo de infecção. Desta forma, é fundamental que os profissionais que atuam nesta área saibam gerenciar corretamente o uso de medicações antimicrobianas, como os antibióticos.

“A segurança do paciente depende disso. Administrar doses menores do que as recomendadas (subdoses) pode levar ao fracasso do tratamento e ao aumento da resistência da infecção. Por outro lado, superdoses aumentam o custo da assistência ao paciente e também o risco de ocorrerem reações adversas ao medicamento”,  explica o infectologista Alexandre Rodrigues, coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Metropolitano.

Curso de educação continuada

Com o objetivo de atualizar farmacêuticos, principalmente aqueles que atuam dentro de instituições de saúde, e médicos, especialmente infectologistas e intensivistas, quanto aos fatores que interferem na ação dos antimicrobianos é que será realizado o “Curso de Aprimoramento do Uso de Antimicrobianos por meio de PK/PD”, nos dias 27 e 28 próximos, no Hospital Metropolitano, localizado na cidade de Serra.

O farmacêutico clínico e doutor em infecção hospitalar James Albiero, conceituado pelo amplo conhecimento que possui na área, dirigirá o treinamento com palestras e com atividades práticas de análise de casos clínicos. São 90 vagas ao todo, e os interessados podem se inscrever pelo telefone 2104-7063 (SCIH) ou pelo e-mail apsantos@metropolitano.org.br, com o custo de R$ 60.

Para o infectologista Alexandre Rodrigues, os participantes vão obter uma percepção ampliada sobre a esquematização e a otimização de tratamentos individuais utilizando as opções terapêuticas disponíveis. “Essa perspectiva é necessária diante do cenário atual, em que os microrganismos causadores de infecções apresentam multirresistência, e há escassez de novos antibióticos para uso na prática clínica”, explicou.

(Foto: Divulgação)