Sempre que falamos ou escrevemos sobre educação no Brasil, a necessidade de melhorar a qualidade do ensino de base, que impulsiona para os ensinos médio e técnico, que impulsionam para o ensino superior, etc., levamos em consideração o fato de que as instituições, sejam elas públicas ou particulares, estejam suficientemente preparadas estruturalmente, tecnicamente, psicologicamente, gerencialmente e financeiramente para a missão.

Afinal, a boa educação é capaz de transformar uma nação, transformar o mundo – de ruim para melhor e, de melhor para muito melhor. Olha os exemplos de Portugal. Olhas os exemplos de Singapura. Olha outros tantos e tantos exemplos bem-sucedidos pelo mundo.

No Brasil, especialmente no ensino público, resguardadas raras exceções, as coisas não funcionam bem assim. Não se faz educação de qualidade sem investimentos, sem reconhecimento e valorização dos profissionais certos, que façam as coisas certas, sem compromisso.

Não preciso repetir que o Brasil está passando por uma crise política vergonhosa nos últimos anos, que já resultou em dois ex-presidentes “impedidos” (Fernando Collor de Mello (renunciou no curso do processo) e Dilma Rousseff), dois ex-presidentes “presos” (Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer (hoje, em liberdade)), além de outras prisões de políticos, empresários, executivos e funcionários públicos, fatos que contribuíram para o desencadeamento da maior e pior recessão econômica do país, atingindo, em cheio, o sistema educacional.  

Óbvio, parte desta “tragédia” está relacionada à falta e educação da maior parte da população, além da negligência do povo brasileiro de modo geral, quando não exerce o dever de cobrar, acompanhar e fiscalizar as ações dos seus representantes.

Recentemente, aconteceu um dado interessante quando, em meio aos protestos em defesa da educação no Brasil, lá no mês de maio, o ex-presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que visitava o país naquela oportunidade, defendeu a importância do investimento na área para o desenvolvimento da nação. Em palestra ministrada em um evento sobre inovação digital em São Paulo, ele ressaltou que "dar educação e serviços sociais não é caridade" e, se um país não investe nas pessoas, provavelmente não será bem-sucedido.

Diante de uma plateia de 10.000 pessoas, Obama disse que “é necessário criar um sistema educacional que prepare as crianças e os jovens para o pensamento crítico, e que as pessoas querem que os fatos se encaixem nas opiniões delas”.

Sim, o mais valioso da educação é aprender a habilidade de analisar a realidade, mesmo quando isso é desconfortável e prova que aquilo que eu achava ser verdade está errado.

Condeno o fato da categoria de professor ser pouco reconhecida, além de não valorizada. É claro que um professor bem preparado e motivado trabalha melhor, se dedica mais, incentiva e dá confiança aos seus alunos.

Sobre o autor:

Prof. José Luiz Mazolini, é professor universitário, com formação em Administração de Empresas e Pessoas; Marketing Estratégico de Negócios e Esportivo; Publicidade e Propaganda, além de MBA Executivo em Negócios Internacionais; ambos pela Universidade Norte do Paraná, Londrina/PR. É empresário, diretor da Mazolini Consultoria & Marketing, do Correio Capixaba, do Portal CCNEWS Brasil, e palestrante/conferencista.

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