MEIO AMBIENTE

Ibama monitora avanço de onda de lama no rio Doce.

Rompimento de barragem lançou rejeitos de mineração no Rio Doce, atingindo municípios de MG e ES.

Em 11/11/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

A equipe de emergências do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Minas Gerais está acompanhando desde a última sexta-feira (6) os efeitos do rompimento da barragem de Fundão e o transbordo da barragem de Santarém, pertencentes à empresa Samarco, em Mariana (MG). Aos poucos, a lama está chegando a 15 municípios banhados pelo rio Doce em Minas Gerais e no Espírito Santo. 

Os municípios sob monitoração são Ponte Nova, Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga, Governador Valadares, Tumiritinga, Resplendor, Galiléia, Conselheiro Pena e Aimorés, em Minas Gerais; e Baixo Guandu, Colatina e Linhares,  no Espírito Santo.

Estima-se o lançamento de 50 milhões de metros cúbicos de rejeito de mineração (suficiente para encher 20 mil piscinas olímpicas), composto principalmente por óxido de ferro e sílica (areia). A lama atingiu diversas comunidades e avança sobre o rio Doce.

Houve alterações nos padrões de qualidade da água (turbidez, sólidos em suspensão e teor de ferro). Não é esperada toxidade no rejeito, mas o Ibama vai monitorar as análises realizadas e avaliar a possibilidade de contaminação adicional decorrente das áreas que foram arrastadas pela lama.

Nos locais atingidos pela lama concentrada, um dos impactos esperados é a mortandade de animais, terrestres e aquáticos, por asfixia. Devido à densidade da lama, ainda não foi possível observar o fenômeno, porque os animais mortos não flutuarão. No rio Doce, onde a lama chega mais diluída, poderá ocorrer mortandade de peixes devido a impactos no sistema respiratório.

Auxílio do resgate

O Ibama acompanha diariamente as ações no gabinete de crise, alertando sobre questões ambientais e prováveis áreas impactadas. Um helicóptero do Instituto reforçou a equipe nesta segunda-feira (9) para auxiliar no resgate de pessoas, animais e no monitoramento.

A prioridade dos órgãos envolvidos neste momento é resolver a situação de emergência, principalmente o resgate da população que ficou isolada e a busca por desaparecidos.

O Ibama participa das atividades do gabinete de crise desde a primeira comunicação do desastre. O órgão licenciador do empreendimento é a Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais (Feam/MG), que deverá apurar as responsabilidades e adotar as medidas previstas na legislação.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ibama