MEIO AMBIENTE
“País precisa de plano para descarbonizar economia”, diz CNI
A CNI tem incentivado iniciativas atuando junto ao governo para economia de baixo carbono.
Em 17/11/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Em discurso para representações empresariais na COP27, o presidente da CNI, Robson Andrade, reforçou estratégia da indústria para conter a crise climática e promover o desenvolvimento sustentável.
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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu a adoção de um plano consistente para que o país reduza as emissões de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, promova o crescimento sustentável do Brasil. Em discurso realizado na última terça-feira (15), para representações empresariais brasileiras e estrangeiras, parlamentares e autoridades, no Egito, o dirigente destacou que a CNI tem incentivado iniciativas empreendedoras e atuado junto ao governo para avançar na transição para uma economia de baixo carbono. Para isso, estabeleceu uma estratégia nacional que se baseia em quatro pilares - transição energética, mercado de carbono, economia circular e conservação florestal.
“A indústria brasileira, que sempre desempenhou um papel relevante no desenvolvimento do país, é essencial para ampliar os investimentos em tecnologias limpas, criar soluções voltadas à consolidação de uma economia de baixo carbono e criar empregos de qualidade. Nossas propostas para essas áreas vêm sendo amplamente discutidas com o setor produtivo, com os governantes e com representantes de outros segmentos da sociedade. A expectativa da indústria é que as sugestões sejam consideradas nos projetos do governo eleito, ajudando o país a superar as adversidades e a avançar nos próximos quatro anos”, destacou.
O encontro Diálogo Empresarial para uma Economia de Baixo Carbono acontece em paralelo à programação da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, a COP27. O objetivo do evento, promovido em parceria com a Câmara de Comércio Internacional (ICC, na sigla em inglês), é discutir as oportunidades de negócios e de investimentos voltados à descarbonização da economia brasileira. Participaram da abertura o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, o ministro do Tribunal de Contas da União, Benjamin Zymler, e o presidente da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Osmar Chohfi.
Crescimento econômico
O presidente alertou que, diante dos riscos de uma nova recessão global, as ações de combate às mudanças do clima devem ser combinadas com medidas que estimulem a retomada do crescimento econômico sustentado em todo o mundo. E medidas unilaterais que visam à imposição de barreiras ambientais ao comércio internacional podem causar prejuízos às exportações brasileiras.
“Recuperar a economia e, ao mesmo tempo, cuidar do meio ambiente são imprescindíveis para a redução das desigualdades sociais e para garantir o bem-estar da população. As medidas necessárias devem atingir, principalmente, os setores produtivos menos organizados e os fabricantes de produtos com baixa intensidade tecnológica, que são os mais vulneráveis às adversidades econômicas e climáticas. As restrições também podem afetar os preços de matérias-primas e insumos, elevando os custos dos segmentos que dependem de importações”, apontou. (As informações são da CNI)
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