Com uma semana de funcionamento do Hospital Municipal Materno Infantil, já foram realizados 71 partos, sendo 55 normais e 26 cesarianas.

A história que vai preencher a página de hoje do Diário de Nascimento do Hospital Municipal Materno Infantil, em Colina de Laranjeiras, terá uma visão de parto diferente, para alguns. Bem, para o operacional de limpeza Rodrigo Carlos Pereira, 31 anos, é fato! Narrada em primeira pessoa, o agora intitulado “Pai do Lorenzo” vai contar o nascimento do seu primeiro filho.

“Foi surreal! Foi mágico! Na minha cabeça, eu ia apenas olhar, de certa distância. Ia apenas assistir o parto.  Mas quando  cheguei, ele (o médico) me perguntou: ‘você quer acompanhar o parto? Quer fazer comigo? ’. Aceitei, sem pensar duas vezes. Fomos levados para a unidade de parto (Pré-Parto, Parto e Pós-Parto-PPP), ela ficou em posição, e tudo começou. Foi bem rápido. Em dois minutos, o neném veio! Depois, o médico segurou o bebê e me disse: ‘agora você vai cortar o cordão umbilical’. Eu fiquei doido! Foi um momento forte, de muita emoção. Um momento inesquecível. O parto humanizado inclui a participação do pai no nascimento do filho. É um momento único para toda a família. O médico me deixou tão à vontade, foi tão atencioso, que parecia que eu já o conhecia há muito tempo”, contou Rodrigo.

Apesar do nascimento do Lorenzo em sim ter acontecido extremamente rápido, como contou o pai, os momentos que antecederam às 18h06 daquela sexta-feira (25) pareceram eternos. “Ela rodou muito, enquanto esperava chegar a hora, na sala de medicação. O médico nos falou que tínhamos que deixá-la encontrar a melhor posição para ela”, lembrou o pai do Lorenzo.

“Deitei no chão do hospital! (Risos). As enfermeiras me alertaram sobre a necessidade de levantar dali, mas era o lugar que encontrei para ficar confortável. Avisei que não estava desmaiada, só tinha encontrado uma posição que aliviava a minha dor. Mas eu nem ficava direto deitada. Eu levantava, ia para a cama, ficava em pé. Teve um momento em que fui ajoelhar na cama e minha bolsa estourou. As enfermeiras foram chamar o médico, que me conduziu, na cadeira de rodas, até a unidade de parto. O doutor até convidou (o pai) para fazer o parto! Depois foi rápido. Inclusive, o médico comentou que tinha sido o parto mais rápido de todo o hospital”, disse a autônoma Fabiana Mendes da Vitória, 27 anos, que arrematou: “O parto foi feito pelo doutor e pelo pai do Lorenzo!”.

Apesar de a família morar em Jacaraípe, Fabiana fez o pré-natal na Unidade Básica de Saúde de Parque Residencial Laranjeiras.

“Minha médica trabalha no hospital! Inclusive, conversei com ela, por telefone, depois do parto”, salientou Fabiana, que, com os filhos nos braços, brincou: “Nasceu na sexta-feira, início de Carnaval, trazendo uma folia de alegria para a nossa família!”.

A alta hospitalar está prevista para domingo (27). Com uma semana de funcionamento, já foram realizados 71 partos, sendo 55 normais e 26 cesarianas, no Hospital Municipal Materno Infantil.

Parto humanizado

O conceito de parto humanizado vai além da forma de nascimento. Os momentos que preparam mãe e bebê para a “grande hora” podem inclui banho relaxante, dancinha coreografada para “soltar” os quadris, e, principalmente, em deixar a mãe livre até encontrar a melhor posição para ficar, nos momentos de dor.

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