MEIO AMBIENTE

Pinguins que passaram por reabilitação são soltos no mar de Iriri (ES).

As aves foram encontradas no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e na Bahia .

Em 15/04/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Depois de alguns meses de reabilitação, 10 pinguins-de-magalhães que terminaram o tratamento no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM) foram soltos nessa quinta-feira (14). As aves foram encontradas no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e na Bahia e foram devolvidas para o mar a 20 quilômetros da praia de Iriri, em Anchieta. 

O tempo de tratamento dos pinguins é variável, alguns estavam no CRAM desde setembro de 2015. As aves passam por uma série de testes antes de serem levados de volta ao mar. Depois que a troca de penas é concluída, são feitos testes de permeabilidade, para garantir a sobrevivência do animal em seu habitat natural. 

São realizados exames de sangue para analisar o volume de células vermelhas e detectar a presença de parasitas. Além dos exames de saúde, a equipe realiza uma avaliação do comportamento do animal, que deve estar ativo e com apetite regular. Os pinguins são alimentados antes da soltura para que tenham uma reserva quando chegarem ao mar.  

Caso sejam encontrados animais encalhados no litoral, o contato com o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram) é realizado por meio do telefone de plantão 99865-6945, ou por meio do Projeto de Monitoramento de Praias, pelo telefone 0800 039 5005.  

O Centro de Reabilitação 

O Centro de Reabilitação é de responsabilidade do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).  

Pinguins-de-Magalhães  

Os pinguins-de-magalhães ou Spheniscus Magellanicu, possuem colônias na Patagônia do Chile e da Argentina e se alimentam, principalmente, de peixes como anchova e a sardinha. Durante o inverno, sobem a costa do Atlântico em direção ao Norte, seguindo as correntes marinhas em busca de alimento.  

Quando encalham nas praias, já estão fracos e debilitados, alguns até machucados. Durante a fase de recuperação, cada um deles consome aproximadamente um quilo de peixe por dia, além de usarem medicamentos e fungicidas.

Secom/ES