SAÚDE

Prevalência do autismo nos EUA parece estável desde 2014

Os estudos anteriores haviam mostrado um aumento de casos de TEA entre 2000 e 2010.

Em 03/01/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Depois de aumentar de forma sustentada desde o início da década do ano 2000, a prevalência de crianças e adolescentes com transtornos autistas nos Estados Unidos parece ter estabilizado nos últimos três anos, segundo um estudo publicado nesta terça-feira (2).

Os estudos anteriores haviam mostrado um aumento de casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) entre 2000 e 2010, período durante o qual a taxa subiu mais que o dobro, de 0,67% para 1,47%.

As estimativas da organização Autism and Developmental Disabilities Monitoring (ADDM), uma rede de monitoramento do TEA, assinalaram um teto em 2012 de 1,46%.

Segundo este último estudo, realizado entre 2014 e 2016 com os pais de 30.502 crianças e adolescentes de entre três e 17 anos de todo o país, a taxa de prevalecimento de transtornos autistas foi de 2,24% em 2014, 2,41% em 2015 e 2,58% em 2016, o que representa uma média de uma em cada 47 crianças com autismo nos Estados Unidos.

Mas os autores do estudo da Universidade de Iowa destacam os limites de sua pesquisa, porque “não se baseia em diagnósticos médicos”, mas em observações.

O estudo foi publicado na última edição do Journal of the American Medical Association (JAMA) Pediatrics.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) também encontrou um teto na taxa de autismo nos Estados Unidos em 2016, embora tenha advertido ser “muito cedo para determinar se o prevalecimento do autismo estava começando ou não a se estabilizar”.

Foto: AFP/Arquivos