ESPORTE INTERNACIONAL

Rio 2016: Campo de golfe é a maior dor de cabeça do COI.

Nawal El Moutawakel destacou mudança de seis meses para cá

Em 01/10/2014 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Após três dias de reuniões e visitas, a Comissão do COI para os Jogos Rio 2016 deixa a cidade um pouco mais tranquila do que na última visita, em março deste ano. Na ocasião, críticas aos atrasos e andamentos das obras foram abertos. Desta vez, o ritmo dos trabalhos foi elogiado na coletiva de imprensa nesta quarta-feira. A pedra no sapato da vez, porém, é o campo de golfe, que passa por um imbróglio judicial sobre a questão ambiental. Presidente da comissão, Nawal El Moutawakel destacou mudança de seis meses para cá:

 - Podemos ver que o trabalho está indo a toda velocidade. Estamos recebendo relatos sólidos sobre isso. Podemos ver em primeira mão os avanços no campo de golfe, na Vila dos Atletas e no Parque Olímpico. Também estamos contentes com o compromisso do governo em nossa visita. Também vimos esse compromisso eventos como a Copa do Mundo. Vamos deixar o Rio bem mais satisfeitos do que na última visita em março. Apesar do cronograma apertado, estamos confiamos de que vão entregar os Jogos em 2016. Vimos muito progresso, e o que aconteceu em março faz parte da historia - disse Nawal.

Coletiva COI (Foto: Leonardo Filipo)Comitiva do COI concede entrevista sobre a sétima vistoria às obras olímpicas no Rio de Janeiro (Foto: Leonardo Filipo)

Ao ser questionada sobre o campo de golfe, a marroquina falou apenas sobre a evolução das obras. Sobre a questão judicial, passou a palavra para Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Organizador Rio 2016, que por sua vez atribuiu o assunto à prefeitura.

- Todas as questões do golfe são de responsabilidade da prefeitura. É a ela que vocês devem procurar. Tenho certeza que a prefeitura terá o maior prazer em falar sobre isso.

Sem o prefeito Eduardo Paes na coletiva – ele participou apenas das reuniões da parte da manhã, a questão voltou a ser feita mais duas vezes pela imprensa, com as mesmas respostas.

Apesar dos elogios, Nawal citou algumas preocupações, como atingir o número de acomodações. Mas está confiante com a informação de que 68 hotéis estão sendo construídos para 2016. E citou o legado que as Olimpíadas deixarão na cidade.

- Para cada real gasto, outros cinco serão gastos no legado para o Rio, como BRT, metrô, saneamento e regeneração da área do Porto.

Apesar do Complexo de Deodoro, área mais atrasada dos Jogos, ter ficado fora das visitas oficiais, Christophe Dubi, diretor-executivo da comissão, disse que recebeu relatórios que o deixaram tranquilizado, além do compromisso das empreiteiras de que tudo estará pronto a tempo.   

- Ficamos sempre alertas com a quantidade de trabalho. Todos os dias vemos uma aceleração quase que exponencial. Nos preocupamos, sim, já que faltam dois anos, e estamos enfrentando esse volume de trabalho. Há preocupações, sim, que nos deixam acordados de noite, mas há muita coisa também que está sendo feita – disse Dubi, substituto de Gilbert Felli no cargo.  

 A próxima visita da Comissão será em fevereiro de 2015, depois do carnaval.

Por - Rio de Janeiro