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Rombo na advocacia: CAAES tem mais meio milhão em dívidas
A presidente eleita da CAAES encontrou mais de meio milhão em dívidas deixadas na instituição.
Em 31/12/2024 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Segundo presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Espírito Santo (CAAES), Kelly Andrade, após reuniões de transição, foi constatado que a administração de Ben-Hur Farina deixou mais de meio milhão de reais em pendências para os próximos três anos.
Empossada na última sexta-feira (27), Kelly Andrade, presidente eleita da Caixa de Assistência dos Advogados do Espírito Santo (CAAES), identificou problemas graves na gestão anterior, incluindo contratos desproporcionais, questões relacionadas aos planos de saúde, suspeitas de funcionário fantasma e dívidas acumuladas. Após reuniões de transição, foi constatado que a administração de Ben-Hur Farina deixou mais de meio milhão de reais em pendências para os próximos três anos.
Kelly Andrade disse que é preciso comunicar à classe o cenário preocupante que encontramos na CAAES.
"A transparência será fundamental em nossa gestão. Precisamos comunicar à classe o cenário preocupante que encontramos. A dívida, superior a meio milhão de reais, é resultado de uma administração que não respeitou os recursos da advocacia."
No esporte, em algumas modalidades, foram encontrados contratos que recebem valores duas ou até três vezes maiores em comparação a outros, sem que haja uma base significativa de adeptos ou um retorno proporcional em termos de audiência, limitando o desenvolvimento de outras categorias.
Mas não para por aí. Para fechar o ano de 2024, constatou-se que será necessário recorrer ao orçamento de 2025.
"Há também o desrespeito às normas institucionais e morais. O CFOAB proíbe a atual administração de usar o dinheiro da anuidade de 2025 para pagar as contas de 2024 - e isso vem acontecendo para honrar os compromissos. Uma das nossas prioridades é garantir a dignidade e o respeito aos funcionários."
Outro ponto crítico é a fila de espera por atendimento psicológico, que chega a quase 700 advogados. Há ainda o serviço de vans e casos de funcionários que recebiam sem trabalhar, com relação de parentesco e relação íntima com integrantes da gestão atual.
“Não tenham dúvidas de que, faremos uma apuração meticulosa, e sendo constatadas improbidades, os gestores serão responsabilizados. A partir de primeiro de janeiro assumo a gestão e já estou arregaçando as mangas para entregar resultados e benefícios, enquanto equilibro as contas. Fiz isso na OAB de Cariacica e vou fazer na CAAES.”
Para superar tantos obstáculos, Kelly Andrade revela que já elaborou um planejamento para colocar em prática o mais rápido possível.
“Tudo será revisto e readequado atendendo o melhor interesse da classe, e os critérios de uma gestão eficiente. Contamos com um plano de ação responsável e voltado para a advocacia, que será executado logo de imediato, com ações que não necessitam, necessariamente, de aumento de gastos ou que não impliquem em oneração do caixa, que dependem apenas da aplicação de técnicas eficazes de gestão e vontade de fazer acontecer."
Kelly Andrade é advogada, foi presidente da OAB Cariacica 2021-2024, conselheira da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica, Comissão Espírito Santo (ABMCJ-ES) e fundadora do projeto de cursos "Advocacia na Prática". (Por Lucas Rezende/AsImp)
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