MEIO AMBIENTE

Saiba o que fazer quando encontrar animais marinhos encalhados

A primeira coisa a se fazer é avisar às instituições responsáveis sobre o ocorrido.

Em 13/02/2019 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Divulgação

Tartarugas, aves marinhas, baleias, golfinhos e pinipedes (focas, lobos e leões marinhos) são suscetíveis a encalharem nas praias e tal situação chama atenção da população, pois, na maioria das vezes, não sabemos como agir.

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Numa situação de encalhe de animais marítimos, a primeira coisa a se fazer é avisar às instituições responsáveis sobre o ocorrido. É importante o maior número de informações possíveis, com fotos e vídeos, por exemplo, pois os profissionais que irão atuar no caso precisam ter total conhecimento da situação. É muito importante manter a distância necessária dos animais para não estressá-los ainda mais.

Centro de reabilitação

Em 2013, foi estabelecido um acordo de cooperação técnica entre o  Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram). Desde então, o Iema colabora com o centro de reabilitação arcando com os custos de funcionamento e manutenção. Os custos de pessoal, medicamentos e alimentação são provenientes de condicionantes de licenciamento ambiental exigidas pelo Ibama à indústria petrolífera.

O Ipram é uma associação civil sem fins lucrativos, que busca a conservação das espécies marinhas. O centro de reabilitação funciona dentro do Iema e trabalha em conjunto com entidades governamentais nas esferas federal e estadual.

Resgate

Se um animal marinho for encontrado encalhado vivo ou morto nas praias do Espírito Santo, o resgate é feito pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Petrobras e o telefone para acionamento é 0800-039-5005 outro número é o (27) 99865-6975, do Ipram, que funciona 24h.

Se a carcaça estiver em boas condições, será encaminhada ao Ipram para exame necroscópico e identificação da causa do óbito. Se o animal estiver vivo, será encaminhado ao centro de reabilitação do Iema/Ipram para tratamento.

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Segundo o médico veterinário e diretor-presidente do Ipram, Luís Felipe Mayorga, as causas mais comuns do encalhe dos animais são, principalmente, poluição (sacos plásticos e restos de redes e linhas de pesca), topografia (áreas de praias e baías), condições climáticas (geralmente após tempestades e mudanças de tempo), predadores (ataques de predadores podem debilitar os animais), toxinas naturais, doenças (animais muito debilitados para nadar ou se alimentar), problemas no sistema de localização do animal e atividades como pesca e emalhe dos animais que impedem que o animal consiga subir para respirar na superfície.

“Todo animal marinho encalhado está extremamente amedrontado e sofrendo por estresse. Nesses casos, eles tendem a se debater na ânsia de desencalhar, ou tentar proteger seu filhote. É importante observar o animal a certa distância, antes de tomar qualquer iniciativa, principalmente se tratando de baleias.  O ideal é chamar imediatamente as equipes de resgate disponíveis e que atendem na região, informando o local e condições do encalhe”, orienta o diretor-presidente do Ipram, Luís Felipe Mayorga.

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Um alerta importante é com relação aos pinguins, que frequentemente aparecem na região do Espírito Santo. Esses pinguins não são de regiões geladas e por isso nunca se deve colocar os pinguins no gelo.