Saúde de Vitória promove ações de combate ao tabagismo

Estudos mostram que a maior parte dos adultos fumantes, iniciou o consumo do cigarro ainda na infância ou na adolescência.

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No dia 31 de maio comemora-se o Dia Mundial sem Tabaco. Para celebrar a data e chamar a atenção das pessoas para o perigo do cigarro, as Unidades Básicas de Saúde de Vitória estão realizando uma série de ações, também nas Escolas Municipais, levando o tema da campanha da Organização Mundial da Saúde (OMS) deste ano que é "Proteger as crianças da interferência da indústria do tabaco".

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Segundo a referência técnica em Controle do Tabagismo de Vitória, Ludmila Coelho, a indústria do tabaco continua se esforçando para conquistar novos consumidores.

"Os dados revelam que a indústria do tabaco gasta aproximadamente oito bilhões de dólares por ano em marketing e publicidade, especialmente nas mídias sociais, plataformas de streaming, patrocínio a cinema, dentre outros, buscando ser atraente aos olhos das novas gerações, que são mais tecnológicas", diz.

Estudos mostram que a maior parte dos adultos fumantes, iniciou o consumo do cigarro ainda na infância ou na adolescência.

"A indústria do tabaco também está por trás da disseminação dos dispositivos eletrônicos para fumar, os chamados PODs, cigarros eletrônicos e vapes, que têm nicotina na maioria das vezes e causam uma dependência absurda, além de danificarem os pulmões rapidamente, trazendo prejuízo para quem o fuma e para quem inala a fumaça", completa Ludmila.

A última Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), revelou que, em 2019, 13,6% dos estudantes de 13 a 15 anos já haviam experimentado o cigarro eletrônico, e 22,7% dos de 16 e 17 anos também. Quanto ao sexo, a experimentação é maior entre os homens (18,1%) do que entre as mulheres (14,6%). Houve ainda aumento dos escolares de 13 a 17 anos que declararam o consumo de cigarros nos 30 dias anteriores à data da pesquisa, subindo de 5,6% em 2013, para 6,8% em 2019. Os dados estão disponíveis no portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Anvisa proíbe comércio de cigarros eletrônicos

Diante das investidas da indústria tabagista, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve a proibição de comércio para cigarros eletrônicos em todo o país além de ampliar sua restrição, proibindo também seu consumo em espaços coletivos fechados, públicos ou privados. O regulamento sobre os cigarros eletrônicos foi atualizado através da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 855/2024, que também proíbe a fabricação, a comercialização a importação, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar.

Em Vitória, denúncias sobre comercialização, propaganda e distribuição desses dispositivos podem ser feitas através do Fala Vitória 156.

Tratamento

Em Vitória, as unidades de saúde estão aptas a realizarem as ações para enfrentar o tabagismo em dois eixos: na prevenção e no tratamento dos tabagistas, por meio dos Grupos de Apoio Terapêutico ao Tabagismo (GATT). As ações visam reduzir a iniciação do tabagismo, principalmente entre jovens, aumentar o fim do tabagismo entre os que se tornaram dependentes e proteger todos dos riscos do fumo passivo. Para o munícipe que deseja parar de fumar, a orientação é procurar a unidade de saúde mais próxima e iniciar o tratamento no início de um novo Grupo. 

O GATT é o preconizado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), que inclui a abordagem cognitivo-comportamental do fumante, com treinamento de habilidades comportamentais, visando à cessação e à prevenção da recaída. O indivíduo deve passar por uma consulta de avaliação clínica antes de iniciar as sessões de abordagem. Nela, são avaliados a motivação da pessoa em deixar de fumar, seu nível de dependência física da nicotina, se há indicação ou contraindicação ao uso do apoio medicamentoso. (Secom/PMV)

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