SAÚDE
Saúde intensifica ações para reduzir casos de sífilis congênita
A Secretaria da Saúde do ES retomou o “Plano Estadual de Enfrentamento da Sífilis Congênita”.
Em 17/10/2024 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Segundo a Secretaria da Saúde (Sesa), no Espírito Santo, a sífilis congênita – transmitida pela mãe à criança durante a gestação – é considerada um problema de saúde pública.
O terceiro sábado de outubro é marcado anualmente pelo Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, que visa a conscientizar sobre os riscos da doença e a enfatizar a importância do diagnóstico e do tratamento adequados. Neste ano, a data será lembrada no próximo sábado (19). No Espírito Santo, a sífilis congênita – transmitida pela mãe à criança durante a gestação – é considerada um problema de saúde pública. Diante desse cenário, a Secretaria da Saúde (Sesa) tem intensificado ações de saúde, por meio da retomada do “Plano Estadual de Enfrentamento da Sífilis Congênita no Espírito Santo”.
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O Plano, atualizado em abril deste ano e publicado por meio da Portaria Nº 067-R, reorienta as intervenções sanitárias feitas no Estado e municípios em resposta ao aumento do número de casos de Sífilis Congênita nos últimos anos, a fim de reduzir a incidência de crianças que nascem com a doença e alcançar o índice estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em 2023, o Estado fechou o ano com a incidência de 16 casos de Sífilis Congênita para cada mil nascidos vivos, ficando acima da média nacional, que é em torno de dez casos, e também do estabelecido mundialmente pela OMS, que é de até 0,5 casos para cada mil nascidos vivos.
Infectocontagiosa
De acordo com a médica e referência da Coordenação Estadual de IST/Aids da Sesa, Bettina Moulin, a sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica, de evolução crônica, causada pela bactéria Treponema pallidum e que apresenta altas taxas de transmissão vertical.
“Ela pode chegar a 100% de transmissão dependendo da doença materna e da fase da gestação. A Sífilis Congênita também pode causar sérios problemas na saúde da criança. Com o Plano Estadual, estruturamos como uma forma para reorientar as nossas ações, mas também de todos os atores envolvidos, que vão desde os profissionais de saúde, em todos os níveis e a sociedade civil, para podermos mudar este cenário desde já.”
A referência técnica reforçou a importância da participação e conhecimento por parte de todos sobre o cenário epidemiológico da Sífilis Congênita, em busca do enfrentamento coletivo, com a efetivação do Plano Estadual, que tem previsto, até o ano de 2027, alcançar o número de casos de 2,3 para cada mil nascidos vivos, e, até o ano de 2030, atingir a meta estipulada pela OMS, de 0,5 casos.
Ações
Segundo a referência técnica, Bettina Moulin, entre as ações realizadas, têm-se reuniões junto aos serviços de Saúde, ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren-ES), e ao Conselho Regional de Farmácia (CRF-ES); o reforço da Nota Técnica Nº02/24 sobre a aplicação da penicilina benzatina associada com a lidocaína para melhora na adesão ao tratamento. Além disso, a disponibilização de testes rápidos de Sífilis a todos os 78 municípios; a realização de visitas técnicas para auxiliar nas ações; e a capacitação dos profissionais de saúde, como a realização de webinários. O primeiro aconetceu nesta quarta-feira (16), e o próximo será no dia 23 de outubro, no canal da Sesa no YouTube.
“As ações já foram iniciadas e objetivamos a curto e alongo prazo qualificar ainda mais os nossos profissionais de saúde e também promover junto à sociedade a importância de sabermos que a Sífilis existe, que ela tem tratamento e tem cura. Com isso, podemos reduzir o número de crianças nascendo com esta doença, ou até mesmo, erradicá-la do nosso território.” (Com informações da SESA)
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