ECONOMIA NACIONAL

Setor de serviços cresce na passagem de janeiro para fevereiro

O setor de serviços apresentou alta de 0,8% na passagem do mês de janeiro para fevereiro.

Em 10/04/2025 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

Na série sem ajuste sazonal, o setor observa expansão de 4,2% ante fevereiro de 2024. Nesse tipo de comparação com o mesmo mês do ano anterior, é o 11º resultado positivo seguido.


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O setor de serviços - que reúne atividades como telefonia, restaurantes, tecnologia da informação, hotelaria e transportes - apresentou alta de 0,8% na passagem de janeiro para fevereiro. O dado tem ajuste sazonal, o que elimina efeitos de calendário e permite comparação mais ajustada entre meses seguidos.

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Na série sem ajuste sazonal, o setor observa expansão de 4,2% ante fevereiro de 2024. Nesse tipo de comparação com o mesmo mês do ano anterior, é o 11º resultado positivo seguido.

No acumulado de 12 meses, os serviços experimentam elevação de 2,8%. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto apura o desempenho de 166 tipos de serviços.

A média móvel trimestral, indicador que retrata a tendência de comportamento do setor, apresentou alta de 0,1% ante o período de três meses terminado em janeiro.

O desempenho de fevereiro deixa o setor de serviços 1% abaixo do ponto mais alto da série, registrado em outubro de 2024, e 16,2% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. A série do IBGE foi iniciada em janeiro de 2011.

Volta do crescimento

O resultado de 0,8% em fevereiro mostra inflexão do setor, que tinha recuado 0,6% na passagem de dezembro de 2024 para janeiro. De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, “com o avanço de fevereiro, houve recuperação da perda verificada em janeiro”.

A alta de fevereiro é o maior resultado mês a mês desde outubro de 2024, quando o setor cresceu 1,1%.

Das cinco atividades pesquisadas pelo IBGE em fevereiro, quatro apresentaram expansão na comparação com janeiro:

- informação e comunicação: 1,8%;

- serviços profissionais, administrativos e complementares: 1,1%;

- outros serviços: 2,2%;

- prestados às famílias: 0,5%.

“O grande destaque dos últimos meses tem sido o setor de informação e comunicação, especialmente a parte de serviços de tecnologia da informação, que segue renovando a cada mês o ápice de sua série por conta de alta demanda no fornecimento de serviços [tecnologia da informação] TI, como o desenvolvimento e licenciamento de softwares; consultoria em tecnologia da informação; portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na internet; tratamento de dados etc.”, aponta Lobo.

Em serviços profissionais e administrativos, o pesquisador chama a atenção para o crescimento das receitas das empresas que atuam com intermediação de negócios em geral, por meio de aplicativos e de plataformas de comércio eletrônico.

A única atividade de serviços no campo negativo foi a de transportes, com ligeira queda de 0,1%.

Turismo

O IBGE divulgou também que o índice de atividades turísticas mostrou expansão de 2,9% em fevereiro. Em janeiro, o resultado tinha sido queda de 6,1%. Com esse desempenho, o turismo está 9,7% acima do patamar pré-pandemia e 3,4% abaixo do ápice da série histórica, alcançado em dezembro de 2024.

Além de destacar a baixa base de comparação, que estatisticamente joga para cima o resultado proporcional de fevereiro, o analista do IBGE cita o transporte aéreo de passageiros como principal responsável pelo avanço.

“Outro fator importante foi a queda dos preços das passagens aéreas (-20,46%). Isso acaba se refletindo em aumento do volume de transporte aéreo”, explica.

Na comparação com fevereiro de 2024, o índice de volume de atividades turísticas apresenta crescimento de 7,3% - nona taxa positiva seguida.

Cenário econômico

A Pesquisa Mensal de Serviços é a terceira de três levantamentos conjunturais divulgados mensalmente pelo IBGE. Nos últimos dias, o instituto revelou que o país apresentou alta de 0,5% no setor de comércio e recuo de 0,1% na produção industrial.  (Por Bruno de Freitas Moura/Agência Brasil)

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