NEGÓCIOS
Vale cria comitê de notáveis para indicar conselheiros
Comitê vai assessorar acionistas na escolha dos próximos conselheiros eleitos em 2021.
Em 22/07/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
O comitê terá papel importante considerando que a partir de novembro deste ano vai ser encerrado o acordo entre os grandes acionistas da companhia.
O Conselho de Administração da Vale aprovou nesta quarta-feira (22) a criação de um Comitê de Nomeação para assessorar acionistas na escolha dos próximos conselheiros que serão eleitos em assembleia em abril de 2021, prevista para ser a primeira sem o acordo de acionistas.
Vão integrar o comitê de notáveis, que tem por objetivo aumentar a independência na escolha dos conselheiros, o ex-presidente da Petrobras e ex-ministro Pedro Parente, atualmente presidente do conselho de administração da BRF; o presidente do conselho de administração da Embraer, Alexandre Gonçalves Silva, além de José Maurício Coelho, presidente do colegiado da Vale e presidente do fundo de pensão Previ, um dos principais acionistas da mineradora.
Papel importante
O comitê terá papel importante considerando que a partir de novembro deste ano vai ser encerrado o acordo entre os grandes acionistas da companhia, que incluem fundos Previ e Petros, como parte de um processo para deixar a empresa com capital pulverizado, melhorando a governança corporativa.
“A tendência é que tenha uma qualidade cada vez maior dos membros do conselho, ele já evoluiu bastante e é preciso que evolua cada vez mais... acho que esse Comitê de Nomeação vai dar credibilidade e independência na escolha”, disse o diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Luciano Siani, em entrevista à Reuters.
Ele explicou que poderia haver preocupação do mercado sobre independência, com a indicação dos conselheiros pelos acionistas.
“Com esse Comitê de Nomeação, essa preocupação é superada... Aumenta a percepção de independência na composição do conselho, menos até na qualidade, temos um conselho bastante plural e diverso, mas é mais a questão da independência.” (Reuters)