ECONOMIA CAPIXABA
Vitória lidera ranking das capitais com famílias mais endividadas
Vitória, apresentou a maior porcentagem de famílias com dívidas em atraso do País.
Em 10/09/2018 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A oitava edição da Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), aponta que a capital do Espírito Santo, Vitória, apresentou a maior porcentagem de famílias com dívidas em atraso do País em dezembro de 2017 (49%), alta de 17 pontos porcentuais em relação ao mesmo período de 2016. A capital capixaba também registrou a maior proporção de famílias endividadas entre as capitais da região Sudeste (75%, o que representa 90.756 famílias).
O estudo avalia os principais aspectos, dimensões e efeitos da política de crédito no Brasil sobre as famílias entre 2015 e 2017, período transitório, com encerramento da crise econômica (2014/2016) e início de um processo de recuperação em meio às incertezas políticas e econômicas. A análise foi feita com base em informações do Banco Central do Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Na capital paulista, 2,18 milhões de famílias possuíam algum tipo de dívida em dezembro de 2017, o maior número entre as capitais, o que se justifica por também abrigar a maior população do Brasil. Isso significa que 56% das famílias paulistanas estavam endividadas, alta de quatro pontos porcentuais em relação a dezembro do ano anterior e a menor proporção entre as capitais da Região Sudeste. Belo Horizonte/MG (70%) e Rio de Janeiro (63%) complementam a lista, ambas acima da média nacional, de 62%.
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No quesito “valor médio mensal de dívidas por família”, duas capitais do Sudeste estão entre as cinco primeiras no ranking nacional. A capital mineira, Belo Horizonte, é a líder com valor médio de R$ 2.766; São Paulo é a quarta do País e segunda da região, com R$ 2.358. Vitória/ES, com R$ 1.827; e Rio de Janeiro/RJ, com R$ 1.669 ficaram abaixo do total das capitais, de R$ 1.935.
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Conforme destacado anteriormente, Vitória/ES registrou a maior proporção de famílias com contas em atraso (49%) entre todas as capitais. No Rio de Janeiro/RJ, o porcentual de famílias inadimplentes avançou quatro pontos porcentuais ao passar de 25% em dezembro de 2016 para 29% em dezembro de 2017; e, em Belo Horizonte/MG, houve alta de um ponto porcentual, atingindo 25%, ambas muito próximas da média nacional de 26%. No final de 2017, 20% das famílias paulistanas possuía alguma conta em atraso, alta de dois pontos porcentuais em relação a 2016.
O estudo também mostra o nível de comprometimento da renda com as dívidas. Apenas as famílias de Belo Horizonte/MG ficaram com porcentual acima do patamar considerado adequado pela FecomercioSP, de 30%. A taxa apurada na capital mineira foi de 40%, alta de 12 pontos porcentuais em relação a dezembro de 2016. São Paulo/SP e Rio de Janeiro/RJ registraram 30%; e Vitória, 21%.
Segundo a Entidade, a forte queda da inflação entre 2016 e 2017; a recomposição na taxa de ocupação, após um período de elevação abrupta do desemprego; o aumento na massa de rendimentos dos aposentados e; consequentemente, a elevação da renda das famílias brasileiras permitiram alavancar o nível de confiança das famílias, resultando em uma maior demanda por crédito.
Tal cenário fica mais claro ao verificar que o número de famílias endividadas no conjunto das capitais caiu de 9,414 milhões em dezembro de 2015 (61% do total) para 9,128 milhões em dezembro de 2016 (59%), ou seja, mais de 280 mil famílias saíram do endividamento. Já em 2017, houve uma alta de três pontos porcentuais na parcela de famílias endividadas – de 59% para 62% -, o que significa que 9,669 milhões de famílias possuíam algum tipo de dívida em dezembro de 2017.