NEGÓCIOS
Brasileiro valoriza trabalho com horário flexível, diz pesquisa
Para 31%, flexibilidade motiva decisões sobre a carreira.
Em 22/08/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Horários de trabalho flexíveis, jornada de meio período e home office estão entre as práticas mais valorizadas pelos profissionais brasileiros, mostrou o estudo “Work For Me - Trabalho, para Mim – entendendo a demanda dos candidatos por flexibilidade” do ManpowerGroup.
De acordo com a pesquisa, 51% dos entrevistados brasileiros querem trabalhar por meio período. A média global é de 36%. Horários mais flexíveis de entrada e saída são valorizados por 41% dos brasileiros, enquanto a média global ficou em 26%.
Entre os brasileiros, 31% consideram a flexibilidade no horário de trabalho um dos principais motivadores de decisões relacionadas à carreira. O índice do Brasil é um dos mais baixos entre os 19 países pesquisados. A média global é de 38%.
Segundo o estudo, em cada país, uma complexa combinação entre fatores logísticos, econômicos, culturais e idealistas define a preferência dos candidatos por esquemas de trabalho flexível.
“O fator cultural também influencia nas preferências e escolhas expressas pelos profissionais. A valorização da presença física das pessoas e até mesmo a dedicação delas ao trabalho além do horário formal, são traços culturais do Brasil que inibem o manifesto por maior flexibilidade no ambiente corporativo”, ressalta Márcia Almström, diretora do ManpowerGroup.
Por gênero, 55% das mulheres brasileiras querem mais flexibilidade e 45% dos homens buscam essa flexibilidade. O resultado é o mesmo da média global.
O estudo ainda mostrou que 63% dos candidatos acreditam que não precisam ficar sentados atrás de uma mesa para realizar suas tarefas. No Brasil, 18% querem home office em tempo integral, 14% querem home office por meio período, 13% querem escolher o turno de trabalho, 7% querem turnos; semana de trabalho reduzidos, 2% desejam períodos sabáticos ou de pausas na carreira, 2% desejam licença para cuidar de pessoas doentes e 2% querem licença remunerada por tempo indeterminado.
“A maior demanda por flexibilidade está relacionada a alguns aspectos como a operação de multinacionais em diferentes países e fusos horários, a presença da ‘geração milênio’ com novas expectativas no trabalho, influência de empresas de TI que fomentam novas práticas de gestão em função do acesso a maior conectividade e o nível econômico e de infraestrutura de transporte que não favorecem a qualidade da locomoção das pessoas”, afirma Márcia.
Nos setores
Márcia ressalta que as possíveis modalidades de flexibilidade no trabalho são consideradas de acordo com os setores de atuação. Se um programador pode trabalhar remotamente, um médico ou enfermeiro não possuem essa opção.
Entre as pessoas que trabalham em um local fixo, 32% preferem trabalhar em período integral em casa e 27% preferem ter independência quanto ao local de trabalho. Já entre quem trabalho no setor de saúde ou no varejo, 12% preferem turnos ou semanas de trabalho reduzidos e 23% preferem escolher e controlar os turnos de trabalho.
A pesquisa foi feita com 14 mil profissionais entre 18 e 65 anos de idade, em 19 países.
(Foto: Reprodução/TV Globo)