MEIO AMBIENTE

Buracos negros gigantescos podem estar "por todos os lados".

Foi o que disseram astrônomos da Universidade de Berkeley, na Califórnia.

Em 06/04/2016 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Astrônomos ‘tropeçaram’ em um buraco negro supermassivo num canto inesperado do Universo, “o que implica que esses monstros galáticos são muito mais comuns do que se pensava”, segundo um estudo divulgado hoje (6).

O buraco gigante, com uma massa 17 bilhões de vezes maior que a do Sol, foi descoberto em deserto relativo, segundo disseram astrônomos da Universidade de Berkeley, na Califórnia, à revista Nature.

“Enquanto encontrar um buraco negro gigantesco numa galáxia maciça numa área 'muito populosa’ do Universo é de se esperar - como encontrar um arranha-céus em Manhattan - parecia menos provável que eles pudessem ser encontrados em pequenas cidades do Universo”, explicou a universidade.

Segundo o coautor do estudo Chung-Pei Ma, a questão agora é: “Esta é a ponta de um iceberg? Talvez haja muito mais buracos negros gigantescos lá fora, que não vivem em arranha-céus em Manhattan, mas num edifício alto nalgum lugar nas planícies”, comparou.

Um buraco negro supermassivo pode ter uma massa de cerca de um milhão de sóis e ir até aos bilhões. Os buracos negros menores, “comuns” variam entre dezenas e centenas de massas solares, segundo o estudo. “Os buracos negros são regiões muito densas no espaço-tempo, com uma força gravitacional tão forte que nem a luz consegue escapar, tornando-os invisíveis”.

“Formados quando estrelas massivas implodem no fim das suas vidas, os buracos negros normalmente escondem-se dormentes e sem serem detectados nos centros de galáxias”, de acordo com o estudo.

Os cientistas dizem que “os buracos podem, por vezes, ser detectados por seu efeito gravitacional sobre as órbitas das estrelas ao seu redor, e, ocasionalmente, pelos seus frenesis de alimentação espetaculares”.

O maior buraco negro supermassivo detectado até hoje tem cerca de 21 bilhões de massas solares, segundo os autores do estudo.

Da Agência Lusa