ECONOMIA CAPIXABA

Confiança do empresário industrial sobe em setembro

Índice de expectativas apresentou o quinto aumento consecutivo, marcando 64,2 pontos.

Em 19/09/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: © Amanda Oliveira/GovBA

Em setembro, o ICEI-ES registrou 60,5 pontos, uma alta de 3,1 pontos em relação a agosto: pela primeira vez, a confiança volta ao nível pré-pandemia.

O Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) da Findes divulgou na última quinta-feira (17) o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-ES), sinalizando um clima de otimismo para o industrial capixaba.

Em setembro, o ICEI-ES registrou 60,5 pontos, uma alta de 3,1 pontos em relação a agosto: pela primeira vez, a confiança volta ao nível pré-pandemia. Trata-se do quarto aumento consecutivo do indicador, que atingiu o seu maior valor desde fevereiro (62,7 pontos).

Além disso, após cinco meses abaixo da linha divisória dos 50 pontos, em setembro o índice de condições atuais atingiu 53,1 pontos e, com isso, os industriais capixabas passaram a ter uma percepção de melhora das condições de negócio.

O sentimento de recuperação da economia e o retorno gradual de suas atividades fizeram com que os empresários industriais capixabas demonstrassem, também, maior otimismo para os próximos seis meses. O índice de expectativas apresentou o quinto aumento consecutivo, marcando 64,2 pontos.

O ICEI é um indicador mensal, elaborado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que reflete a maneira pela qual os empresários avaliam as condições atuais e as expectativas para os próximos seis meses.

Essas informações são em relação a economia brasileira, a economia estadual e às próprias empresas.

Foram ouvidas 105 empresas, sendo 32 pequeno porte, 47 médio porte e 26 de grande porte. O período de coleta foi de 01 a 14 de setembro de 2020.

A presidente da Findes, Cris Samorini, comemorou o resultado.

“Na semana em que apresentamos o IAE, o Indicador de Atividades Econômicas, com o retrato do segundo trimestre, vemos agora a confirmação do que dissemos. O IAE indicava queda de 12,3% no PIB capixaba, mas a gente tinha alertado que os sinais já eram de recuperação. Essa pesquisa sobre a confiança do industrial capixaba confirma isso. Existe um otimismo realista. Os investimentos estão saindo do papel. Vimos a Garoto que acaba de anunciar investimento de R$ 200 milhões em expansão e modernização da unidade em Vila Velha, com foco em indústria 4.0. A Karavan adquiriu os poços de petróleo do Polo Cricaré. A Cacique e a Britânia estão fazendo investimentos importantes em Linhares. Há novos marcos legais para o gás, avançando no Congresso Nacional e no Espírito Santo, o que vai baratear o custo para a indústria e favorecer novos negócios. A Findes vai atuar junto com o governo estadual na regulamentação da lei estadual, aprovada pela Assembleia Legislativa. Os sinais de retomada são claros e o Espírito Santo sai na frente”, disse Cris Samorini.

O diretor executivo do Ideies, Marcelo Saintive, observou: Grosso modo, o Índice de Confiança Empresarial reflete a maneira pela qual os empresários avaliam as condições atuais de negócio e as expectativas para os próximos seis meses.

"O interessante do resultado de setembro é que o indicador não apenas revelou um otimismo mais disseminado em relação ao futuro próximo como também mostrou que, após cinco meses de avaliação negativa, esse foi o primeiro mês após o início da pandemia em que os industriais capixabas revelaram uma percepção de melhora em relação às condições atuais de negócios. Esse sentimento de melhora está alinhado ao início da retomada econômica apontada pelos recentes resultados das pesquisas mensais setoriais do IBGE para o Espírito Santo, que mostraram um crescimento de 28,3% da produção industrial na passagem de junho para julho e um aumento de 5,2% no volume de vendas do comércio varejista ampliado que, com esse resultado, superou o seu nível de atividade pré-pandemia”, disse Marcelo..

De acordo com a CNI, “o clima de otimismo está mais elevado e disseminado entre os empresários da indústria brasileira”. A Confederação conclui que “com o aumento da confiança, a indústria deve voltar a contratar trabalhadores e a investir, estimulando o processo de retomada da economia”  (Com informações do Ideies/Findes - CNI)