ECONOMIA CAPIXABA

Consumidores de Vitória estão menos endividados.

Dados da Fecomércio-ES mostram recuo no percentual de endividados e de inadimplência.

Em 09/01/2017 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

O endividamento e a inadimplência do consumidor de Vitória reduziram em dezembro após altas registradas nos últimos dois meses. Na pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor de dezembro, o percentual de famílias endividadas em Vitória foi para 67,8%, correspondendo a 86 mil famílias da capital. Esse valor é menor que os 70,9% registrados em novembro mas ficou 3,1 pontos percentuais acima da taxa registrada para o mesmo mês do ano passado.

Além da taxa de endividamento ter baixado no mês, a qualidade do endividamento melhorou, mostrando uma queda no percentual de inadimplência (para 31,8%) e recuo daqueles que afirmam que não terão condições de pagar suas dívidas em atraso (para 6,1%).

Geralmente, no mês de novembro acontecem os feirões de renegociação com o objetivo de incentivar o consumidor endividado a renegociar suas dívidas. Esse tipo de iniciativa promove a volta do crédito para o consumidor, que por sua vez, poderá voltar a fazer compras. Soma-se a isso a utilização 13º salário para quitar dívidas”, explica José Lino Sepulcri, presidente da Fecomércio-ES, que ressalta que é necessário cautela, já que o acesso ao crédito também abre espaço para novos endividamentos.

Entre os endividados, a parcela de comprometimento da renda com dívidas (como por exemplo, cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês, empréstimo pessoal, prestações de carro) foi, em média, de 26,3%, considerado razoável para esses tipos de dívidas. Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso para o pagamento é de 49 dias.

Em dezembro de 2015 o principal tipo de dívida era o cartão de crédito para quase de 75% das famílias, o que em dezembro de 2016 passou a representar 53,8%. Observa-se que as famílias têm buscado outras formas de financiamento, tendo o crédito pessoal, com 47,5% (que correspondia a 4,8% das dívidas em dezembro 2015) e os carnês, com 49,6% (que correspondiam a 20,8% em dezembro de 2015) como alternativos.

Por renda familiar

Na análise por renda familiar, o percentual de endividados é maior entre as famílias com renda de até dez salários mínimos, 69,8%, enquanto para as famílias com renda maior que dez salários mínimos o percentual atingiu 54,5%. 

Fonte: Ascom/Fecomércio-ES