ECONOMIA CAPIXABA

Costureira exportam produtos sustentáveis para Europa

Elas construíram um modelo de negócio em que o planeta é preservado.

Em 20/09/2020 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia

Foto: Divulgação/Aderes

A Justa Trama é uma cadeia produtiva no segmento de confecção de roupas da economia solidária que inicia seu processo com o plantio de algodão agroecológico e vai até a comercialização de suas peças.

Mesmo enfrentando muitas adversidades, três costureiras conquistaram espaço e encontraram no cooperativismo e na economia solidária algo que vai além da autonomia no trabalho. Elas construíram um modelo de negócio em que o planeta é preservado, o ganho entre os trabalhadores é justo e a comercialização do produto é feita partindo do princípio de que quem produz possa comprar. Foi assim que nasceu a Cooperativa Central Justa Trama, que tem como uma das fundadoras e presidente a empreendedora social, Nelsa Inês Fabian Nespolo (foto).

O modelo de negócio da economia solidária se transformou em um caso de sucesso. Aumentou a produtividade durante a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) e exporta seus produtos para países como Itália, Espanha, Venezuela, Uruguai, entre outros.

A Justa Trama é uma cadeia produtiva no segmento de confecção de roupas da economia solidária que inicia seu processo com o plantio de algodão agroecológico e vai até a comercialização de suas peças. Para isso, conta com o envolvimento de 600 cooperados/associados em cinco estados: Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Ceará e Rondônia.

Segundo Nelsa Nespolo o objetivo da Justa Trama é articular empreendimentos da economia solidária com foco na geração de trabalho e renda tanto para os empreendedores envolvidos quanto para as comunidades onde estão inseridos.

“A produção do algodão agroecológico acontece no Ceará e no Mato Grasso do Sul. Essa cadeia segue para Minas, onde é produzido o tecido. Em Rondônia são feitos os botões a partir de sementes, além de receber retalhos para confecção de bonecas. Já no Rio Grande do Sul, é feito toda parte da criação, costura das peças, serigrafia e bordados”, pontuou a empreendedora.

Ainda de acordo com a presidente da cooperativa, a cadeia de produção acontece de forma organizada e não há exploração de um elo sobre o outro. Os empreendedores chegam a receber de 30% a 100% a mais do que se estivessem fazendo algo similar com o mesmo feitio. Já os agricultores recebem o dobro, chegando a três vezes mais com o orgânico do que na produção do algodão convencional.

“Somos todos empreendedores da economia solidária. Dessa forma, é feita uma distribuição justa de renda. A gente acredita no modelo que preserva o planeta, tem um ganho justo no seu trabalho e proporciona um comércio justo dos seus produtos”, afirmou Nelsa Nespolo.

Autora dos livros “Tramando Certezas e Esperanças” e “Tramas da Esperança”, a presidente da Justa Trama, além de ser idealizadora do Banco Comunitário de Desenvolvimento Justa Troca, participou de Ciclo de Formação da Rede Comercialização Solidária do Espírito Santo (Rede ComSol-ES), na última quinta-feira (17).

No próximo dia 07 de outubro, ela vai contar sua história e experiência no Webinar da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismos (Aderes), no Hora do Empreendedor. O encontro acontece on-line, às 19 horas, por meio da plataforma Zoom. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Aderes)

 Serviço:

Hora do Empreendedor
Convidada: Nelsa Inês Fabian Nespolo, presidenta da Cooperativa Justa Trama
Data: 07/10 (quarta-feira)
Horário: 19 horas