SAÚDE
Doação de córnea: um olhar a quem precisa recuperar a visão
O doador desse tecido é capaz de conceder àquele que espera o transplante um novo olhar
Em 09/05/2022 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
Até essa quarta-feira (04), a Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES) contabilizou 573 pessoas a espera por uma córnea.
Recuperar a visão é o desejo de muitas pessoas que estão na fila de transplante de córneas, devido a acidentes ou doenças graves nos olhos. O transplante de córneas é importante para a solução dos problemas diários, ocasionados pela dificuldade visual. Um doador desse tecido, que deixa os familiares cientes da vontade de ser doador, é capaz de conceder àquele que espera o transplante um novo olhar.
A coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES), Maria Machado, explica que o transplante de córnea é fundamental para que muitas pessoas possam recuperar a visão e, por isso, é necessário que a população se conscientize da importância de falar sobre o assunto.
"É necessário que a população se conscientize, pois o transplante é uma forma de retomada das atividades de muitos pacientes. O programa brasileiro de transplante de órgãos e tecidos é um dos maiores programas públicos do mundo e tem um papel importante na saúde pública do Estado", explicou a coordenadora.
Até essa quarta-feira (04), a Central Estadual de Transplantes do Espírito Santo (CET-ES) contabilizou 573 pessoas a espera por uma córnea. Segundo a médica especialista em oftalmologia do Centro Regional de Especialidades (CRE), Caroline Barros, a córnea é um tecido transparente que está na frente dos olhos e quando uma doença rouba a sua transparência e até causa perfurações neste tecido, pode acarretar na perda total da visão.
“O objetivo do transplante é substituir uma porção da córnea doente por uma saudável. Não é o olho todo que é transplantado, apenas tecidos, além disso, qualquer pessoa pode doar, não tem restrição até mesmo para pessoas que fazem algum tratamento. Hoje o transplante de córneas é muito ocorrente no mundo. O banco de olhos seleciona as córneas e avalia a qualidade, tudo a princípio, após a morte. É fundamental sempre deixar os familiares cientes, em vida, do desejo de doar”, ressalta a oftalmologista.
Doenças oculares
São diversas as doenças que podem ser tratadas com o transplante de córneas, uma delas é a Ceratocone, que leva à deformidade progressiva da córnea podendo causar opacidades graves, dor e cegueira. Além da Ceratocone, outras doenças frequentes na visão são a Ceratopatia Bolhosa, que ocasiona a descompensação da córnea, com presença de edema e diminuição da visão, devido à falência do endotélio da córnea, podendo ocorrer como complicação após cirurgia de catarata ou distrofia de Fuchs; e os acidentes ou infecções como traumatismos, perfurações, queimaduras químicas, infecções por herpes, entre outras podem levar à opacidade da córnea e cegueira.
Transplantes realizados
Em 2022, até o início de maio, foram realizados 67 transplantes de córneas. Já nos anos de 2021, 2020 e 2019 foram transplantados 272, 130 e 236 córneas, respectivamente.
No Estado, há dois bancos de olhos: um no Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV); e outro no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM).
Diga ‘sim’ à doação
Seus familiares precisam estar cientes da sua vontade de ser um doador, pois são eles quem vão autorizar a captação dos órgãos, após constatação da morte encefálica. (As informações são da Sesa)
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