CULTURA
Emoção marca entrega do Prêmio Dom Luís Gonzaga Fernandes no ES.
A homenagem é para lembrar e manter viva a memória desse líder religioso.
Em 20/08/2015 Referência CORREIO CAPIXABA - Redação Multimídia
A cerimônia de entrega do 11º Prêmio Dom Luís Gonzaga Fernandes foi realizada na tarde desta quinta-feira (20), no Salão São Tiago, no Palácio Anchieta, em Vitória. Durante o evento os convidados puderam prestigiar a apresentação da Orquestra de Violões, de crianças e adolescentes da Paróquia Bom Pastor de Campo Grande, Cariacica.
Neste ano, os homenageados foram Ana Maria Caracoche, ex-coordenadora do Grupo de Trabalho Interconfessional do Sistema Prisional (Ginter), o agrônomo, ecologista e naturalista brasileiro Augusto Ruschi (in memoriam) e o Corpo de Bombeiros Militar (CBMES).
A homenageada, Ana Maria Caracoche, conta que foi Dom Luís quem a recebeu na arquidiocese de Vitória quando ela aqui chegou da Argentina, em exílio, no ano de 1980. "Receber essa homenagem é muito importante e gratificante. Tenho a sensação de reconhecimento pela tarefa cumprida como militante dos direitos humanos desde que cheguei ao Estado, há 35 anos”, disse, emocionada.
O Corpo de Bombeiros foi escolhido como representante da sociedade. O comandante geral da Corporação, Coronel Carlos Marcelo D’Isep Costa, leu um poema de agradecimento, dizendo ser uma honra receber o prêmio em nome do Corpo de Bombeiros.
Em seu discurso, o governador do Estado, Paulo Hartung disse que esse prêmio é muito importante para o Espírito Santo, pois ele é a forma de valorizar as boas práticas, os bons valores, assim como a militância em favor da vida e da democracia. "Precisamos ter inspiração e Dom Luís é um bom exemplo para nos guiarmos e podermos seguir em frente. E é nesse momento em que o país vive, com tantos desafios, que precisamos olhar mais para estes desafios, cuidar e ver neles uma montanha de oportunidades", ressaltou.
Já o vice-governador César Colnago, disse que o prêmio é uma homenagem àqueles que não medem esforços para ajudar o próximo e preservar todas as formas de vida. “Os premiados desta solenidade representam muito bem essa missão. A homenagem é para lembrar e manter viva a memória de Dom Luís Gonzaga, um líder religioso que marcou de forma definitiva toda uma geração de capixabas na luta pela reconstrução da democracia. Trabalhou em defesa dos menos favorecidos, despertando a consciência para a justiça, a solidariedade e a redução das desigualdades sociais".
André Ruschi, filho do naturalista Augusto Ruschi, recebeu o prêmio em nome do pai, que foi também agrônomo e ecologista. O interesse pelo estudo de plantas e animais, desde a infância, permitiu que conhecesse a fundo diversos ramos da biologia. Nasceu em 12 de dezembro de 1915 e faleceu em 3 de junho de 1986.
Dentre as autoridades presentes no evento estavam o governador Paulo Hartung e o vice-governador César Colnago; os secretários de Estado de Governo, Angela Silvares; de Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia; de Comunicação Social, Andréia Lopes; de Economia e Planejamento, Régis Mattos; de Gestão e Recursos Humanos, Dayse Lemos; de Assistência Social e Direitos Humanos, Sueli Vidigal; de Controle e Transparência, Marcelo Zenkner; e de Justiça, Eugênio Ricas.
Além dessas autoridades, também prestigiaram o evento Agesandro da Costa Pereira, - ex-presidente da Ordem dos Advogados do Espírito Santo; Rodrigo Rabelo, procurador Geral do Estado; coronel José Nivaldo Vieira, chefe da Casa Militar; coronel Bonno, coordenador estadual da Defesa Civil; Renzo Colnago, diretor-presidente do Prodest; Denise Cadete, diretora-presidente da Cesan; Gilmar Ferreira de Oliveira, do Movimento Nacional de Diretos Humanos; Dângela Maria Bertoldi, diretora-presidente da Esesp; Sérgio Gianordolli, diretor-geral da Suppin; Paulo Renato da Cunha, diretor do IPAJM; Lourencia Riani, vice-prefeita da Serra; e Gracimere Gaviorno, chefe da Polícia Civil.
Da comissão organizadora do prêmio, estavam presentes Cláudio Humberto Vereza Lodi, presidente da Comissão do prêmio, assim como os membros: Padre Alberto Fontana, Maria Angela Cabral, Cristóvão Colombo, Giovana Marcia Valfré Pereira, Laura Maria Shneider Duarte, Maria Elvira Bazet, Marlene de Fátima Cararo e a secretaria executiva Mariléia Pimenta.
A equipe que compõe a comissão do prêmio começa se reunir em fevereiro para realizar as pesquisas, fazer avaliações e os julgamentos das pessoas e entidades que se destacam no trabalho de promoção à igualdade entre as pessoas.
De acordo com o padre Alberto Fontana, o prêmio foi instituído no primeiro ano de mandato do governador Paulo Hartung, por iniciativa do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Cláudio Vereza.
"Participar da comissão é algo simples e aprazível. Precisamos estar sintonizados aos mesmos ideais de Dom Luís. Ideais estes, pelos quais, o prêmio foi instituído."
O Prêmio
O Prêmio Dom Luís Gonzaga Fernandes, criado pela lei estadual 7.844/04, foi instituído em homenagem a Dom Luís Gonzaga, bispo auxiliar de Vitória. A homenagem é para lembrar e manter viva a memória desse líder religioso, que marcou de forma definitiva toda uma geração de capixabas na luta pela reconstrução da democracia.
Dom Luís foi membro da Comissão Teológica e Litúrgica da CNBB, membro do Departamento de Leigos, membro da Comissão Nacional Ampliada das Comunidades Eclesiais de Base e bispo de Campina Grande. Falecido em abril de 2003, o bispo trabalhou em defesa dos menos favorecidos, despertando a consciência para a justiça, a solidariedade e a redução das desigualdades sociais. Além disso, ele sempre destacou a figura da mulher na Igreja e na sociedade, confiando a elas encargos de liderança e contribuindo para que a Igreja em Vitória assumisse a face de uma igreja feminina.
Esse prêmio é uma iniciativa do Governo do Estado do Espírito Santo e tem a finalidade de servir como referência, estímulo e reconhecimento, além de homenagear pessoas e instituições que trabalham comprometidas com as causas de caráter social e ambiental, e que contribuem com a transformação da realidade capixaba.
Secom/ES